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Ex-diretor investigado pede aposentadoria
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para tentar se livrar de uma
demissão, o ex-diretor de Recursos Humanos do Senado
João Carlos Zoghbi pediu aposentadoria na noite de ontem.
Ele é investigado por comissão
de sindicância da Casa.
À revista "Época" Zoghbi admitiu ter usado o nome da ex-babá para ocultar os filhos como verdadeiros donos da empresa Contact, que atuava como correspondente de bancos
no bilionário mercado de empréstimo consignado da Casa.
Segundo a revista, a empresa
da família Zoghbi recebeu
R$ 2,3 milhões do banco Cruzeiro do Sul como comissão por
intermediar empréstimos feitos a servidores do Senado. Para aumentar o número de servidores da Casa com capacidade
de fazer empréstimos e engordar seu negócio, Zoghbi autorizava o endividamento dos servidores acima dos 30% do rendimento, contrariando ato do
próprio Senado.
O Senado anunciou ontem a
suspensão das operações de
crédito em consignação com o
Cruzeiro do Sul "até que sejam
concluídas as apurações". A
Folha revelou que o Santander
também operou com a Contact,
até março de 2007.
O pedido de aposentadoria
foi confirmado oficialmente à
Folha pelo diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo. Segundo Gazineo, a decisão não
interfere no andamento da sindicância.
A comissão de sindicância
tem prazo de 60 dias para funcionar e só pode recomendar
advertência, suspensão de 30
dias ou a instauração de processo disciplinar -este último pode resultar em demissão.
Se ele se aposentar, receberá
cerca de R$ 20 mil mensais.
Zoghbi saiu do cargo de diretor, "exonerado a pedido", em
março, após admitir ter emprestado um imóvel do Senado
para familiares morarem.
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