São Paulo, sexta-feira, 01 de maio de 2009

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Ex-diretor investigado pede aposentadoria

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para tentar se livrar de uma demissão, o ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos Zoghbi pediu aposentadoria na noite de ontem. Ele é investigado por comissão de sindicância da Casa.
À revista "Época" Zoghbi admitiu ter usado o nome da ex-babá para ocultar os filhos como verdadeiros donos da empresa Contact, que atuava como correspondente de bancos no bilionário mercado de empréstimo consignado da Casa.
Segundo a revista, a empresa da família Zoghbi recebeu R$ 2,3 milhões do banco Cruzeiro do Sul como comissão por intermediar empréstimos feitos a servidores do Senado. Para aumentar o número de servidores da Casa com capacidade de fazer empréstimos e engordar seu negócio, Zoghbi autorizava o endividamento dos servidores acima dos 30% do rendimento, contrariando ato do próprio Senado.
O Senado anunciou ontem a suspensão das operações de crédito em consignação com o Cruzeiro do Sul "até que sejam concluídas as apurações". A Folha revelou que o Santander também operou com a Contact, até março de 2007.
O pedido de aposentadoria foi confirmado oficialmente à Folha pelo diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo. Segundo Gazineo, a decisão não interfere no andamento da sindicância.
A comissão de sindicância tem prazo de 60 dias para funcionar e só pode recomendar advertência, suspensão de 30 dias ou a instauração de processo disciplinar -este último pode resultar em demissão.
Se ele se aposentar, receberá cerca de R$ 20 mil mensais.
Zoghbi saiu do cargo de diretor, "exonerado a pedido", em março, após admitir ter emprestado um imóvel do Senado para familiares morarem.


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