São Paulo, sexta-feira, 01 de maio de 2009

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Amorim defende que Venezuela entre no Mercosul

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) disse ontem aos senadores da Comissão de Relações Exteriores que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, reforçou o interesse do seu país em integrar o Mercosul, em encontro há duas semanas.
Chávez, segundo Amorim, pediu pressa na aprovação do protocolo de adesão que irá permitir a participação no bloco que reúne Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. Amorim relatou o diálogo para tentar convencer os senadores a avalizarem o ingresso da Venezuela.
A Argentina e o Uruguai já aprovaram o ingresso do país. Faltam só os Congressos do Paraguai e o Brasil.
Nos dias 19 e 20 de maio, técnicos do Brasil e da Venezuela irão se reunir para negociar pendências comerciais entre os dois países. Chávez se mostrou disposto, disse Amorim, a participar de reunião prévia a essa.
O relator da matéria na comissão é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que questionou a participação da Venezuela devido à personalidade de Chávez. "Se a Europa tivesse prestado mais atenção à personalidade de Adolf Hitler, não teríamos tido alguns episódios. Não estou comparando Chávez a Hitler, mas ele já mandou sair do seu país os embaixadores dos Estados Unidos, do México e da Colômbia."
Segundo Amorim, se a adesão da Venezuela for rejeitada pelo Congresso brasileiro, as relações comerciais entre os dois países podem ser prejudicadas. O Brasil é o terceiro maior exportador para a Venezuela, atrás dos Estados Unidos e do México.
Também participaram da audiência o roqueiro Supla e do seu irmão João, convidados pelo pai, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), a visitarem o Congresso após os escândalos.


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