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Amorim defende que Venezuela entre no Mercosul
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Celso Amorim
(Relações Exteriores) disse
ontem aos senadores da Comissão de Relações Exteriores que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, reforçou o interesse do seu país
em integrar o Mercosul, em
encontro há duas semanas.
Chávez, segundo Amorim,
pediu pressa na aprovação
do protocolo de adesão que
irá permitir a participação
no bloco que reúne Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. Amorim relatou o diálogo
para tentar convencer os senadores a avalizarem o ingresso da Venezuela.
A Argentina e o Uruguai já
aprovaram o ingresso do
país. Faltam só os Congressos do Paraguai e o Brasil.
Nos dias 19 e 20 de maio,
técnicos do Brasil e da Venezuela irão se reunir para negociar pendências comerciais entre os dois países.
Chávez se mostrou disposto,
disse Amorim, a participar
de reunião prévia a essa.
O relator da matéria na comissão é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que
questionou a participação da
Venezuela devido à personalidade de Chávez. "Se a Europa tivesse prestado mais
atenção à personalidade de
Adolf Hitler, não teríamos tido alguns episódios. Não estou comparando Chávez a
Hitler, mas ele já mandou
sair do seu país os embaixadores dos Estados Unidos, do
México e da Colômbia."
Segundo Amorim, se a
adesão da Venezuela for rejeitada pelo Congresso brasileiro, as relações comerciais
entre os dois países podem
ser prejudicadas. O Brasil é o
terceiro maior exportador
para a Venezuela, atrás dos
Estados Unidos e do México.
Também participaram da
audiência o roqueiro Supla e
do seu irmão João, convidados pelo pai, o senador
Eduardo Suplicy (PT-SP), a
visitarem o Congresso após
os escândalos.
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