|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Regras atuais põem em risco
aposentadorias, diz Stephanes
da Sucursal de Brasília
O ministro da Previdência, Reinhold Stephanes, afirmou ontem,
em depoimento à CCJ (Comissão
de Constituição e Justiça) do Senado, que, se o atual sistema previdenciário não for revisto, em breve
não haverá recursos para garantir
o pagamento da aposentadoria.
Segundo Stephanes, as regras
atuais -principalmente os ``privilégios'' do servidor público, as
aposentadorias especiais e a aposentadoria por tempo de serviço-
privilegiam uma minoria de trabalhadores em detrimento da maior
parte dos assalariados.
"Os pobres estão pagando a
conta dos ricos'', disse. Stephanes
afirmou que a solução para a Previdência é cortar as ``distorções''
das aposentadorias especiais, que
beneficiam, segundo ele, apenas
18% dos trabalhadores.
Ele defendeu a substituição da
aposentadoria por tempo de serviço por tempo de contribuição.
A defesa feita por Stephanes da
reforma da Previdência foi contestada pelo ex-ministro Waldir Pires
(85 a 86), hoje filiado ao PT, que
também prestou depoimento.
"Não há nada que indique uma
crise iminente da Previdência. Claro que, a médio prazo, a Previdência vai entrar em desequilíbrio,
mas isso é normal. O que é preciso
é colocar ordem na maluquice administrativa'', disse.
Platéia vazia
A reunião da CCJ foi esvaziada.
Dos 23 integrantes titulares da comissão, só dois permaneceram o
tempo todo: o presidente, Bernardo Cabral (PFL-AM), e o autor da
convocação dos ministros, José
Eduardo Dutra (PT-SE).
Outros cinco senadores apareceram em diferentes momentos, fizeram intervenções rápidas e deixaram a sala. Nenhum líder governista estava presente. O relator, senador Beni Veras (PSDB-CE), teve
de viajar para Fortaleza, por motivos de saúde, disse sua assessoria.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|