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Serra ataca papel do capital externo
na política de Lula
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do PSDB e pré-candidato à Prefeitura de São
Paulo, José Serra, criticou ontem, em seminário no Rio, a
importância que o governo federal estaria dando ao papel do
capital estrangeiro para a retomada do crescimento econômico. Ele citou a viagem do
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva à China como exemplo.
"Agora a moda é o capital da
China, e ela nem exportadora
de capital é ainda. Diz-se que a
China está indo bem e que virá
nos salvar da estagnação e do
desemprego. Quem dera isso
fosse possível, mas não é o caso. Esse discurso tem algo de
colonizado", afirmou Serra,
após finalizar um ciclo de debates do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB.
Na oposição, o PT criticava o
papel do capital externo na política econômica do governo
tucano (FHC).
"Ela [a viagem à China] não
traz nenhum prejuízo, mas não
representa uma estratégia de
desenvolvimento econômico".
Serra disse também que o capital estrangeiro é volúvel. "O
governo continua tendo como
estratégia implícita para o crescimento a espera do capital estrangeiro. No entanto, ele não é
um fator que origina um ciclo
expansivo. Quando a economia cresce, o capital estrangeiro entra, mas quando as coisas
vão mal, sai muito depressa."
A Petrobras e o BNDES também foram criticadas por Serra. No caso da Petrobras, ele
disse que a empresa teve um lucro elevado com sua política de
preços dos combustíveis "altíssimos", mas, em vez de investir
em setores que geram emprego, "está falando em comprar
distribuidoras de gás existentes", o que, na sua avaliação,
não geraria nenhum emprego.
Quanto ao BNDES, ele disse
que o banco deveria adotar um
critério de geração de emprego
em seus financiamentos.
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