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Painel
Renata Lo Prete
@ - painel@uol.com.br
Acaba na sobremesa
Em jantar ontem, a cúpula do PSB explicaria a Ciro
Gomes por que não considera boa idéia sua ida para a
chapa de Lula. Se candidato a deputado federal, o ex-ministro poderá bater nos 300 mil votos, conseguindo sozinho quase um terço do que a sigla calcula precisar para cumprir a cláusula de barreira. Há um outro motivo, que não será discutido à mesa: se Lula
vencer com Ciro na vice, e Eduardo Campos não se
eleger governador em Pernambuco, o presidente do
PSB corre o risco de perder o controle do partido.
A necessidade de acertar a situação de Ciro foi um
dos motivos para adiar, de ontem para hoje, a reunião
entre os presidentes do PT, do PSB e do PC do B.
Sonho meu. O PT discute
adiar a definição das coligações para o prazo legal de 30
de junho. A sigla realizaria
convenção no dia 24, confirmando Lula candidato, mas
deixaria em aberto o capítulo
das alianças para a eventualidade de ter o PMDB na vice.
Ai, que inveja! Orestes
Quércia contou ontem no Planalto que o PSDB lhe ofereceu
a vaga para disputar o Senado.
Os petistas presentes adorariam fazer o mesmo, mas não
têm como remover Eduardo
Suplicy do caminho.
Último da fila. O PC do B
apresentará pauta modesta
hoje ao PT: quer apoio para a
eleição ao governo no Distrito
Federal e ao Senado no Ceará
e no Rio. Ainda assim, os dois
primeiros pleitos são quase
impossíveis de atender.
Casa nova. O PSDB bateu
o martelo no endereço onde
funcionará o comitê de campanha de Geraldo Alckmin:
uma antiga concessionária de
veículos na avenida W3 Sul,
uma das principais vias comerciais de Brasília. Os programas de televisão serão gravados em São Paulo.
Fico. Depois de hora e meia
de reunião com os pefelistas
José Roberto Arruda e Paulo
Octávio, a governadora Maria
de Lourdes Abadia (PSDB-DF) disse que mantém a candidatura à reeleição. Descontente com a pressão da cúpula
tucana para que desista, não
foi ao lançamento da chapa
Alckmin-José Jorge.
Para ontem. Na reunião
de anteontem com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), e do Supremo Tribunal
Federal, Ellen Gracie, Lula
defendeu como prioritária a
regulamentação do direito de
greve dos servidores públicos.
40 graus. A tensão com
Aloizio Mercadante não se resume à ala "martista" do PT.
O deputado Luiz Eduardo
Greenhalgh, da direção estadual, ligou para colegas e disse
que cerra fileiras contra o
"aparelhamento" da campanha pelo grupo do candidato.
Bombeiro. A fim de diminuir a temperatura interna,
Paulo Frateschi deve indicar
já amanhã nomes para a coordenação da campanha. O presidente do PT paulista pretende distribuir funções a todas tendências da sigla.
Flerte. Candidato ao governo do Rio, Sérgio Cabral
(PMDB) tomou café da manhã com Ricardo Berzoini. O
presidente do PT tenta evitar
que o senador, aliado de Garotinho, acabe em colo tucano.
Risco zero. De um aliado
do governador sobre a sucessão mineira: "Aécio quer bola
na marca do pênalti, goleiro
amarrado e o juiz do nosso lado". Cotado para vice, o ex-ministro do STF Carlos Velloso já se filiou ao PSDB.
Vela. Sem apoio de Tasso Jereissati, o governador Lúcio
Alcântara (CE) foi ao Vaticano para pleitear a beatificação
do Padre Cícero. Falou até
com o papa Bento 16.
Visita à Folha. Ernesto
Samper, ex-presidente da Colômbia, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de
Yuri Chillan, assessor.
Tiroteio
Em matéria de apropriação indébita, o PT tem
experiência, já que Lula não apenas tomou para
si os programas sociais do governo FHC como
também mudou todos os nomes.
Do vereador JOSÉ ANÍBAL , um dos coordenadores da campanha de Geraldo Alckmin, em resposta ao petista Jilmar Tatto, que criticou o PSDB
por listar, na TV, o Bilhete Único como uma realização tucana.
Contraponto
Estamos combinados
O líder do PTB na Câmara, José Múcio (PE), participava de comício no interior de Pernambuco em 2002 quando, bem embaixo do palanque, um eleitor começou a gesticular freneticamente em sua direção.
O rapaz apontava para o estacionamento e, em seguida,
fazia sinal de positivo. Múcio repetiu o gesto.
Depois do evento, o deputado foi pegar seu carro e, surpreso, viu que o veículo estava sem os quatro pneus.
-Mas o que aconteceu aqui?- perguntou o petebista.
-Um rapaz disse que tinha falado com o senhor e que o
senhor o autorizou a pegar os pneus de que ele estava
precisando para o carro dele -, explicou seu motorista.
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