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Programa do PFL quer manter Bolsa-Família
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Intitulado "Caminhos para
um país que tem pressa", o documento entregue ontem pela
cúpula do PFL ao presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB)
lista propostas para a elaboração do programa de governo
em 14 áreas. O texto propõe o
endurecimento das ações para
reprimir invasões de terra e a
manutenção do Bolsa-Família.
O documento afirma que "o
povo brasileiro está vivo, mais
atento e maduro a cada eleição
e a cada novo caso de corrupção
que brota, dia-a-dia, no interior
do Palácio do Planalto". No total, a "agenda" pefelista possui
30 páginas com duras críticas
ao governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e apresenta
as propostas do partido para a
campanha presidencial, elaboradas pelo ex-ministro da Fazenda Gustavo Krause e por
economistas ligados ao partido.
"O Brasil não suporta mais
esse governo ilusionista, que o
tempo todo faz parecer que é
bom o que na verdade é péssimo", diz a introdução do texto.
Invasões de terra
Na lista de mudanças emergenciais, o PFL propõe o endurecimento das ações para coibir
as invasões de terras no campo.
O texto propõe a "aplicação rigorosa da lei para os casos de
invasão de propriedades produtivas, e suspensão dos processos de desapropriação das
fazendas invadidas".
O PFL sugere ainda maior rigor da polícia nas ruas em função dos ataques ocorridos recentemente em São Paulo, com
a "restauração da ostensividade e visibilidade da polícia nas
ruas". Os pefelistas defendem a
criação de um ministério exclusivo para tratar da segurança
pública e da "Força Especial do
Exército" para atuar no combate ao crime organizado.
Na área social, o partido propõe a manutenção do programa
Bolsa-Família -que deverá ser
a principal bandeira do PT neste ano-, com a criação de um
sistema de premiação das famílias com o aumento do valor
dos repasses de acordo com o
desempenho escolar dos filhos.
Outros pontos são a redução
do número de ministérios e dos
cargos comissionados do governo e uma reforma fiscal para
o corte de gastos de custeio e
flexibilização do Orçamento da
União. A agenda sugere a adoção do "Simples Trabalhista"
para formalizar empregos nas
micro e pequenas empresas.
O partido afirma ainda que é
preciso ter "habilidade" nas relações diplomáticas na América do Sul, "com a prudente distância do surto populista" de alguns países vizinhos.
"A natural proximidade não
resulta numa interlocução com
governantes cujas agendas nos
causam embaraços, constrangimentos políticos e prejuízos
concretos", afirma o texto.
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