São Paulo, quinta-feira, 01 de junho de 2006

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Programa do PFL quer manter Bolsa-Família

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Intitulado "Caminhos para um país que tem pressa", o documento entregue ontem pela cúpula do PFL ao presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) lista propostas para a elaboração do programa de governo em 14 áreas. O texto propõe o endurecimento das ações para reprimir invasões de terra e a manutenção do Bolsa-Família.
O documento afirma que "o povo brasileiro está vivo, mais atento e maduro a cada eleição e a cada novo caso de corrupção que brota, dia-a-dia, no interior do Palácio do Planalto". No total, a "agenda" pefelista possui 30 páginas com duras críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e apresenta as propostas do partido para a campanha presidencial, elaboradas pelo ex-ministro da Fazenda Gustavo Krause e por economistas ligados ao partido.
"O Brasil não suporta mais esse governo ilusionista, que o tempo todo faz parecer que é bom o que na verdade é péssimo", diz a introdução do texto.

Invasões de terra
Na lista de mudanças emergenciais, o PFL propõe o endurecimento das ações para coibir as invasões de terras no campo. O texto propõe a "aplicação rigorosa da lei para os casos de invasão de propriedades produtivas, e suspensão dos processos de desapropriação das fazendas invadidas".
O PFL sugere ainda maior rigor da polícia nas ruas em função dos ataques ocorridos recentemente em São Paulo, com a "restauração da ostensividade e visibilidade da polícia nas ruas". Os pefelistas defendem a criação de um ministério exclusivo para tratar da segurança pública e da "Força Especial do Exército" para atuar no combate ao crime organizado.
Na área social, o partido propõe a manutenção do programa Bolsa-Família -que deverá ser a principal bandeira do PT neste ano-, com a criação de um sistema de premiação das famílias com o aumento do valor dos repasses de acordo com o desempenho escolar dos filhos.
Outros pontos são a redução do número de ministérios e dos cargos comissionados do governo e uma reforma fiscal para o corte de gastos de custeio e flexibilização do Orçamento da União. A agenda sugere a adoção do "Simples Trabalhista" para formalizar empregos nas micro e pequenas empresas.
O partido afirma ainda que é preciso ter "habilidade" nas relações diplomáticas na América do Sul, "com a prudente distância do surto populista" de alguns países vizinhos.
"A natural proximidade não resulta numa interlocução com governantes cujas agendas nos causam embaraços, constrangimentos políticos e prejuízos concretos", afirma o texto.


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