São Paulo, sexta-feira, 01 de junho de 2007

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Em carta a Lula, filósofo diz que não moveu ação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O filósofo Roberto Mangabeira Unger enviou carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em que diz que não move uma ação contra a Brasil Telecom -que é controlada por fundos de pensão oficiais-, mas apenas pede honorários que lhe eram devidos. Diz abrir mão do dinheiro devido em nome do cargo de ministro da Secretaria de Ações de Longo Prazo, que considera "sagrado".
O filósofo argumenta que cobrou os honorários para evitar qualquer vínculo com a iniciativa privada antes de assumir o cargo público. O teor do texto foi revelado pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), do mesmo partido de Mangabeira e do padrinho político de sua indicação, o vice-presidente da República José Alencar. "Acho que está tudo esclarecido e a solenidade [da posse] está marcada para o dia 13", disse.
O Planalto confirma que a carta chegou ao gabinete de Lula, mas não comenta seu teor. Antes da divulgação, o ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) disse que Mangabeira deveria desistir da ação ou do cargo de ministro, caso houvesse empecilho legal entre as opções.
Ontem, a Folha revelou que Lula gostaria que Mangabeira, professor da Universidade Harvard, desistisse do cargo. No dia anterior, o jornal havia revelado a ação dele contra a Brasil Telecom, para a qual prestou consultoria e pela qual teria recebido US$ 2 milhões.


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