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ELEIÇÕES 2006/ESTADOS
PT e PSDB têm mais nomes aos governos
Principais adversários na corrida presidencial, partidos disputam hegemonia também nos Estados, com 18 petistas e 17 tucanos
Peemedebistas ficam em
terceiro lugar e vão disputar
com 16 candidatos, nove a
mais do que o PFL; siglas têm até quarta para mudar
FERNANDO RODRIGUES
SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No último dia para realização
de convenções partidárias,
PSDB e PT confirmaram a hegemonia do quadro político
brasileiro ao lançarem sozinhos os maiores números de
candidatos próprios aos governos estaduais -contrariando a
expectativa de que o PMDB
fosse a legenda com mais nomes para as disputas locais.
Até o início da noite de ontem, o PT já havia definido 18
candidatos próprios a governos
estaduais. O PSDB vinha logo
atrás, com 17 nomes próprios.
O PMDB tem 16, e o PFL, sete.
Quando se consideram também os candidatos a vice-governador, o PT está presente
nas disputas majoritárias de 21
das 27 unidades da Federação.
Já o PSDB está presente em 22.
O PMDB tem sete candidatos a
vice próprios. O PFL, dez.
Pode-se considerar, portanto, que o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva terá 21 palanques
próprios nos Estados para tocar a sua campanha à reeleição.
Já o tucano Geraldo Alckmin
estará à vontade para subir em
22 palanques próprios.
A vantagem do PSDB aumenta se são incluídos os candidatos a governador e vice do PFL.
Nesse cálculo, em tese, Alckmin terá palanques amigáveis
em 25 das 27 unidades da Federação. Lula não se beneficia
desse tipo de cenário, pois seu
principal aliado, o PC do B, não
tem candidatos a governador
ou a vice nos Estados onde o PT
não está presente.
Números preliminares
Todos esses números ainda
são preliminares, pois uma brecha na lei permite aos partidos
deixarem as atas de suas convenções em aberto até o último
dia de registro das candidaturas -a próxima quarta-feira.
No PSDB e no PFL, por
exemplo, apesar de lançarem
candidatos ou anunciarem coligações, muitos dos diretórios
estaduais tucanos e pefelistas
aprovaram moções que autorizam a Executiva Nacional dos
partidos a anular as alianças até
o próximo dia 5. Essa medida
visa a forçar algumas negociações de última hora para corrigir alguns cenários considerados desfavoráveis a Alckmin,
mesmo que o nome local seja
do seu partido.
Senado
Quando são levados em conta os candidatos próprios das
quatro maiores siglas (PT,
PSDB, PFL e PMDB) ao Senado, os petistas saem perdendo,
com apenas nove nomes próprios para a eleição deste ano
-na qual será renovado um
terço dessa Casa.
O PSDB tem 13 candidatos
próprios ao Senado, enquanto o
PFL é o campeão nessas disputas, com 14 nomes lançados até
ontem. O PMDB tem 11 candidaturas próprias.
No que diz respeito às alianças em cada Estado, embora
ainda não exista um quadro definitivo, já é possível afirmar
que a maioria dos partidos sem
candidato a presidente oscila
entre apoiar Lula ou Alckmin,
dependendo do Estado.
O PSB está majoritariamente
com o PT nos Estados, mas
também participa de uma
aliança com o PSDB em Tocantins.
Os partidos que ficaram mais
marcados pelo escândalo do
mensalão -PP, PL e PTB-
também não fazem distinção
na hora de apoiar PT ou PSDB.
Os mensaleiros terão poucos
candidatos próprios aos governos estaduais. O PL decidiu não
participar de nenhuma disputa.
O PTB só tem nome próprio em
Alagoas, com João Lyra. O PP
deve estar presente em apenas
três Estados: Goiás, Rio Grande
do Sul e Santa Catarina.
A preocupação dessas siglas é
apenas ultrapassar a chamada
cláusula de desempenho (ou de
barreira): atingir 5% dos votos
para deputado federal em todo
o país. Só assim terão amplo
acesso ao tempo de rádio e de
TV no ano que vem.
Por essa razão, PP, PL e PTB
são mais generosos na hora de
se coligarem aos outros -em
troca de apoio para seus candidatos à Câmara dos Deputados.
No levantamento realizado
pela Folha até ontem a noite, o
PT recebia apoio de partidos
mensaleiros em 11 Estados, enquanto o PSDB tinha alianças
com essas siglas em nove unidades da Federação.
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