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Alckmistas querem pacto de não-agressão entre o PSDB e o PFL onde não há coligação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA
A coordenação da campanha
de Geraldo Alckmin (PSDB) vai
criar um "plano de convivência" com o objetivo de evitar
que os impasses regionais entre
PSDB e PFL prejudiquem a
candidatura nacional e provoquem uma "saia justa" em visitas do presidenciável.
As regras do plano serão definidas na próxima reunião do
conselho político, marcada para terça-feira. Basicamente, o
pacto servirá para evitar a troca
de ataques mais duros entre tucanos e pefelistas nos programas de rádio e TV nos Estados
em que os dois partidos estiverem em palanques opostos.
Os coordenadores da campanha avaliam que a troca de farpas confunde o eleitor e aumenta o constrangimento de
Alckmin durante as viagens.
A idéia é que, antes de cada
viagem do presidenciável, os
coordenadores regionais façam
reuniões com lideranças dos
dois partidos para organizar a
divisão de agenda e reforçar o
pacto de não-agressão.
As principais dores de cabeça, hoje, estão nos locais onde
as siglas batem chapa -Maranhão, Amazonas e Distrito Federal-, outras onde a rivalidade é acirrada, como Bahia, Rio
de Janeiro e Mato Grosso, além
de lugares onde não há palanque definido, como Paraná, Espírito Santo e Rondônia.
Da lista, a mais recente preocupação dos tucanos é o Paraná, onde o partido aprovou por
estreita margem uma coligação
com o PMDB pela reeleição de
Roberto Requião, que deverá
apoiar o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. Mas ontem mesmo a Executiva Nacional do
PSDB anulou a coligação.
O mapa das coligações aponta que PSDB e PFL ficarão juntos em 14 Estados, independentemente de quem seja o cabeça da chapa estadual. Em outros 12, além do Distrito Federal, disputarão a eleição em lados opostos.
Duração do mandato
Alckmin disse ontem, em Parintins (AM), que é contrário à
proposta de mandato presidencial de cinco anos, defendida
pelo presidente Lula. "Com
mandato de cinco anos, vai ter
eleições todos os anos."
Para ele, a mudança só poderia ser feita se fossem alterados
os mandatos de parlamentares.
"Quatro anos é um bom mandato, se trabalhar desde o primeiro dia. Se a reeleição for
bem regulamentada, não tem
problema, porque ninguém é
obrigado a ser candidato."
(SILVIO NAVARRO E LUIZ FRANCISCO)
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