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PERNAMBUCO
Secretário da Segurança ameaça
punir policiais civis em greve
da Agência Folha, em Recife
O secretário da Segurança Pública de Pernambuco, Antônio Morais, deu prazo até a próxima segunda-feira para que os policiais
civis em greve reabram o IML (Instituto de Medicina Legal) e o IC
(Instituto de Criminalística).
Morais disse que, se isso não
acontecer, a partir de terça-feira
porá em prática "um plano de
emergência", que, entre outras
coisas, terá "medidas punitivas"
contra os grevistas. Ele não quis
informar qual era o plano nem
quais seriam as medidas.
Independentemente da reabertura dos institutos, o governo de
Pernambuco já anunciou que vai
aplicar pelo menos duas punições
contra todos os grevistas.
A primeira será o desconto dos
dias parados. A segunda, o afastamento de cargos de chefia dos policiais civis que estiverem em greve. Cada delegacia possui cinco
chefias.
O vice-presidente do Sindicato
dos Policiais Civis, Henrique Leite,
disse que a categoria "não se intimida com ameaças" e que a greve
"vai continuar".
Segundo Leite, o IML e o IC
"permanecerão fechados". A partir de hoje, segundo ele, grevistas
farão plantão diante dos dois institutos para impedir a reabertura.
O IML e IC estão fechados desde
o início da greve, há 15 dias. Com
isso, a apuração dos homicídios e a
realização das necropsias "estão
prejudicadas", segundo Morais.
As necropsias estão sendo feitas
em dois hospitais de Recife.
Os policiais civis reivindicam aumento do piso de R$ 74,21 para R$
130, o que provocaria aumento de
cerca de 75% nos salários. Um policial civil em início de carreira recebe R$ 359, segundo o sindicato.
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