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RIO GRANDE DO SUL
Policiais ameaçam parar de
novo se proposta não melhorar
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
Os policiais civis gaúchos ameaçam iniciar nova greve, ainda neste ano, se o governo não modificar
sua proposta de reajuste salarial.
O presidente da Ugeirm/Sindicato (União Gaúcha dos Escrivães,
Inspetores e Investigadores), Jorge
de Quadros, afirmou ontem que a
estratégia da categoria a partir da
próxima terça-feira será percorrer
os 55 gabinetes dos deputados estaduais gaúchos para pedir apoio
do Legislativo.
Dez policiais sindicalistas deverão ser destacados para realizar visitas aos parlamentares.
"Faremos um trabalho especial
sobre os 36 deputados da base de
sustentação política do governo",
afirmou Quadros.
A intenção é realizar manifestações, entre as quais poderá estar
uma nova greve antes de se encerrar o ano. O motivo, segundo Quadros, é "evitar que a campanha salarial seja confundida com campanha política, pois 98 será um ano
eleitoral".
Retorno
Os policiais civis retornaram ontem ao trabalho. Ficaram oito dias
em greve. Sua principal reivindicação é reajuste no risco de vida, de
100% para 222%.
Mesmo encerrando a greve, eles
se manifestaram descontentes
com a proposta do governo, que
prevê aumento do adicional de risco de vida para 150,44%.
Desde ontem, os policiais civis
do Estado estão em "assembléia
permanente".
O secretário da Justiça e Segurança Pública, José Fernando Eichenberg, afirmou que o governo
não cogita da possibilidade de aumentar a proposta.
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