São Paulo, sexta, 1 de agosto de 1997.



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RIO GRANDE DO SUL
Policiais ameaçam parar de novo se proposta não melhorar

LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

Os policiais civis gaúchos ameaçam iniciar nova greve, ainda neste ano, se o governo não modificar sua proposta de reajuste salarial.
O presidente da Ugeirm/Sindicato (União Gaúcha dos Escrivães, Inspetores e Investigadores), Jorge de Quadros, afirmou ontem que a estratégia da categoria a partir da próxima terça-feira será percorrer os 55 gabinetes dos deputados estaduais gaúchos para pedir apoio do Legislativo.
Dez policiais sindicalistas deverão ser destacados para realizar visitas aos parlamentares.
"Faremos um trabalho especial sobre os 36 deputados da base de sustentação política do governo", afirmou Quadros.
A intenção é realizar manifestações, entre as quais poderá estar uma nova greve antes de se encerrar o ano. O motivo, segundo Quadros, é "evitar que a campanha salarial seja confundida com campanha política, pois 98 será um ano eleitoral".

Retorno
Os policiais civis retornaram ontem ao trabalho. Ficaram oito dias em greve. Sua principal reivindicação é reajuste no risco de vida, de 100% para 222%.
Mesmo encerrando a greve, eles se manifestaram descontentes com a proposta do governo, que prevê aumento do adicional de risco de vida para 150,44%.
Desde ontem, os policiais civis do Estado estão em "assembléia permanente".
O secretário da Justiça e Segurança Pública, José Fernando Eichenberg, afirmou que o governo não cogita da possibilidade de aumentar a proposta.



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