São Paulo, quinta-feira, 01 de agosto de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CAMPANHA RELÂMPAGO

Candidato do PSB participa de corpo-a-corpo

Garotinho faz ato de meia hora no Rio

MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO

Acompanhado de dois assessores, duas filhas e de cerca de 15 cabos eleitorais, o candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, fez ontem um corpo-a-corpo em frente ao restaurante popular da estação ferroviária Central do Brasil (centro do Rio).
A atividade durou só meia hora e expôs a crise na qual mergulhou a campanha do ex-governador do Rio.
Sem a companhia de candidatos a deputado ou mesmo da mulher, Rosinha Matheus, que disputa o governo do Rio pelo PSB, Garotinho apertou a mão de eleitores, beijou senhoras e distribuiu autógrafos a pessoas que estavam na fila do restaurante, uma das marcas de sua administração.
"Ele nunca deveria ter saído candidato à Presidência", disse a dona-de-casa Maria Cecília Silva Santos, 60. A maioria dos eleitores preferiu acompanhar, de longe, o corpo-a-corpo do candidato.
Duas filhas do casal, Clarissa e Amanda, resolveram dar uma força à campanha do pai ontem.
Na entrevista que concedeu aos jornalistas, Garotinho demonstrou desprezo em relação à ameaça do candidato do PSB a governador do Pará, Ademir Andrade, de declarar apoio ao candidato petista à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
"No primeiro turno, o que eu sei é que ele não vai apoiar ninguém, mas ele tem o direito de apoiar quem quiser", disse.
Sobre o afastamento do candidato socialista ao governo de Pernambuco, Humberto Barradas, que, segundo a direção do PSB local, liderava um movimento contra Garotinho, ele se limitou a afirmar: "Essa é uma decisão do partido. Todo o candidato que desistir será substituído".
Barradas foi o terceiro candidato a governador do PSB a deixar a disputa. Já renunciaram os candidatos de São Paulo, Jacob Bittar, e da Bahia, Lídice da Matta.
Garotinho disse que é "muito bom" o resultado da pesquisa Datafolha em que aparece em quarto lugar, com 11%. "Já disputei eleições com índices menores que esse e venci." Sobre a critica de Lula (PT), feita anteontem em comício no Rio, de que há candidatos usando o nome de Deus, Garotinho foi lacônico: "Ele deve estar falando de outro candidato".


Texto Anterior: Martinez é intocável, diz dirigente do PTB
Próximo Texto: Coordenador de Ciro deve deixar cargo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.