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Novos depoimentos reforçam suspeitas sobre ex-ministros
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os depoimentos de Darci Vedoin e Ronildo Medeiros à Justiça Federal aprofundam as
suspeitas sobre o envolvimento
dos ex-ministros da Saúde
Humberto Costa (PT) e Saraiva
Felipe (PMDB) na máfia dos
sanguessugas. Ronildo, dono da
empresa Frontal - que vendia
equipamentos à Planam-,
trouxe também novos nomes
de parlamentares.
Ele contou à Justiça, sob
acordo de delação premiada,
detalhes sobre a suposta participação do então chefe-de-gabinete de Humberto Costa, Antônio Alves de Souza, no esquema. Hoje secretário de Gestão
Estratégica do Ministério da
Saúde, ele teria apresentado à
quadrilha pessoas ligadas ao PT
que intermediavam a liberação
de verbas. Costa nega.
As indicações de que o assessor participou das fraudes surgiram quando, em depoimento,
Luiz Antônio disse que pediu
ao então ministro em 2003 a liberação de R$ 8 milhões.
"O ministro apresentou seu
chefe de gabinete Antônio [aos
Vedoin] e passou a questão a
este", diz a transcrição do depoimento de Luiz Antônio.
A Folha não localizou ontem
Alves de Souza.
"O depoimento aprofunda
algumas indicações e complementa o que Luiz Antonio disse. Aprofunda um pouco a relação com o gabinete do ministro
da Saúde", afirmou o deputado
Fernando Gabeira (PV-RJ).
Darci Vedoin
A Folha apurou que a estratégia de defesa da família Vedoin e de Ronildo é dividir as
responsabilidades. Darci vai
assumir a culpa por fazer o assédio junto aos parlamentares
no Congresso. À Justiça Federal, ele contou que usava o gabinete do deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) para fazer os
contatos. Isso converge com as
declarações de Luiz Antonio.
Ontem, o ex-ministro Saraiva Felipe entregou sua defesa à
CPI e disse que, se convocado,
irá à comissão "tranqüilamente". Ele afirmou achar "estranho" que só exista especulação
em torno da sua convocação, e
não nas de seus antecessores.
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