São Paulo, quarta-feira, 01 de agosto de 2007

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Líder rejeita golpismo e diz que "Cansei" não é elitista

Roberto Koloszuk, da Fiesp, diz que fez primeira viagem internacional neste ano

O empresário completou 30 anos ontem e ganhou do pai um terreno para ampliar o seu negócio no ramo de alumínio na Grande SP

LEANDRO BEGUOCI
DA REPORTAGEM LOCAL

O empresário Roberto Koloszuk usa a própria história para negar qualquer vocação elitista do "Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros", o "Cansei", organização oficialmente liderada pela OAB-SP que tomou forma dentro do escritório de João Dória Jr., ligado há muitos anos aos tucanos.
Um dos líderes do movimento, representando a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Koloszuk diz que cresceu no bairro do Ipiranga (zona sul de SP), ao lado da favela de Heliópolis, que fez sua primeira viagem ao exterior neste ano e que os negócios de sua família só evoluíram devido a "trabalho e muito sacrifício, até enfrentando empresários que sonegam impostos".
Acrescenta que se tornou líder do Comitê de Jovens Empreendedores da Fiesp, entre outros fatores, porque "a entidade se oxigenou muito". Diz Koloszuk: "Sou líder de uma organização onde há filhos de gente muito importante do PIB, mas ninguém teve preconceito comigo". Segundo ele, tanto a Fiesp quanto o "Cansei" não tramam um golpe para derrubar o presidente Lula.
"Não é um movimento contra o governo, até porque o governo tem feito muitas coisas boas. Embora o Brasil não esteja crescendo na média do mundo, está crescendo bem por dois anos seguidos, o que eu nunca tinha visto. Queremos apenas que as coisas aconteçam mais rápido, que o país cresça mais para acabar com a pobreza", conclui o empresário, que fez 30 anos ontem e ganhou do pai um terreno para ampliar seu negócio no ramo de alumínio na Grande São Paulo.
Koloszuk se diz admirador tanto do "choque de gestão", bandeira do ex-governador tucano Geraldo Alckmin, quanto de uma bandeira petista. "Acho que é preciso fazer mais com menos dinheiro, por isso gosto do choque de gestão", afirma o empresário, que não revela em quem votou para presidente. "Acho também que o povo tem de participar das decisões do país, o que o PT sempre disse."
Porém, ele diz entender as críticas ao grupo. "O movimento é amplo, tem tanto o taxista que sempre votou no Lula, mas está cansado de bala perdida, quanto o empresário que apoiou tucanos nas eleições", diz ele. "Nunca vi nenhuma vocação partidária nas reuniões do "Cansei", as pessoas estão lá de coração em prol do Brasil, somos propositivos. Não é o mundo "Caras". É gente que acorda cedo e levanta cedo, não está interessada em partidos."


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