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Líder rejeita golpismo e diz que "Cansei" não é elitista
Roberto Koloszuk, da Fiesp, diz que fez primeira viagem internacional neste ano
O empresário completou 30 anos ontem e ganhou do pai um terreno para ampliar o seu negócio no ramo de alumínio na Grande SP
LEANDRO BEGUOCI
DA REPORTAGEM LOCAL
O empresário Roberto Koloszuk usa a própria história
para negar qualquer vocação
elitista do "Movimento Cívico
pelo Direito dos Brasileiros", o
"Cansei", organização oficialmente liderada pela OAB-SP
que tomou forma dentro do escritório de João Dória Jr., ligado há muitos anos aos tucanos.
Um dos líderes do movimento, representando a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Koloszuk diz
que cresceu no bairro do Ipiranga (zona sul de SP), ao lado
da favela de Heliópolis, que fez
sua primeira viagem ao exterior neste ano e que os negócios
de sua família só evoluíram devido a "trabalho e muito sacrifício, até enfrentando empresários que sonegam impostos".
Acrescenta que se tornou líder do Comitê de Jovens Empreendedores da Fiesp, entre
outros fatores, porque "a entidade se oxigenou muito". Diz
Koloszuk: "Sou líder de uma organização onde há filhos de
gente muito importante do
PIB, mas ninguém teve preconceito comigo". Segundo ele,
tanto a Fiesp quanto o "Cansei"
não tramam um golpe para derrubar o presidente Lula.
"Não é um movimento contra o governo, até porque o governo tem feito muitas coisas
boas. Embora o Brasil não esteja crescendo na média do mundo, está crescendo bem por dois
anos seguidos, o que eu nunca
tinha visto. Queremos apenas
que as coisas aconteçam mais
rápido, que o país cresça mais
para acabar com a pobreza",
conclui o empresário, que fez
30 anos ontem e ganhou do pai
um terreno para ampliar seu
negócio no ramo de alumínio
na Grande São Paulo.
Koloszuk se diz admirador
tanto do "choque de gestão",
bandeira do ex-governador tucano Geraldo Alckmin, quanto
de uma bandeira petista. "Acho
que é preciso fazer mais com
menos dinheiro, por isso gosto
do choque de gestão", afirma o
empresário, que não revela em
quem votou para presidente.
"Acho também que o povo tem
de participar das decisões do
país, o que o PT sempre disse."
Porém, ele diz entender as
críticas ao grupo. "O movimento é amplo, tem tanto o taxista
que sempre votou no Lula, mas
está cansado de bala perdida,
quanto o empresário que
apoiou tucanos nas eleições",
diz ele. "Nunca vi nenhuma vocação partidária nas reuniões
do "Cansei", as pessoas estão lá
de coração em prol do Brasil,
somos propositivos. Não é o
mundo "Caras". É gente que
acorda cedo e levanta cedo, não
está interessada em partidos."
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