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Programa dá mais votos do que economia
DA REPORTAGEM LOCAL
O impacto do Bolsa Família na eleição presidencial de Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) em 2006 foi superior ao gerado pelo desempenho da economia,
segundo estudo do economista Maurício Canêdo
Pinheiro, da Fundação
Getulio Vargas.
A pesquisa diz que o
programa foi responsável
por um aumento de cerca
de três pontos percentuais
na votação de Lula no segundo turno de 2006. O
crescimento econômico
foi responsável por um aumento de 0,34 ponto.
O autor fez análises estatísticas comparando os
resultados eleitorais nos
municípios antes e depois
do Bolsa Família e comparando o crescimento econômico dos quatro primeiros anos do governo
Lula com os quatro últimos anos do tucano Fernando Henrique Cardoso.
Outro ponto ressaltado
pelo autor foi que, em
2002, Lula foi particularmente bem-sucedido em
regiões mais urbanizadas
e desenvolvidas do país. Já
em 2006, ocorreu uma migração da base eleitoral
para regiões menos desenvolvidas -as mais beneficiadas pelo programa.
Com o efeito do Bolsa
Família, a votação de Lula
elevou-se em todas as cidades, mas principalmente naqueles em que seu desempenho foi relativamente pior em 2002.
Segundo o economista,
o efeito eleitoral do Bolsa
Família nas regiões Norte
e Nordeste foi superior ao
dos demais Estados.
(FERNANDO BARROS DE MELLO)
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