São Paulo, sábado, 01 de agosto de 2009

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Ampliação e reajuste vão custar
R$ 406 milhões

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O reajuste do Bolsa Família neste ano custará aos cofres públicos R$ 406 milhões. O valor é o equivalente a menos de um mês e meio de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre carros e caminhões, uma das medidas adotadas pelo governo federal para conter os efeitos da crise econômica.
Para bancar o reajuste e o pagamento a mais 1,5 milhão de famílias até o final do ano, o governo pedirá ao Congresso Nacional uma autorização de gasto extra de R$ 561 milhões.
O orçamento do programa passará de R$ 11,4 bilhões para R$ 12 bilhões, calcula o Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pela proposta do terceiro reajuste do benefício em seis anos de programa. Não estão previstos problemas na votação.
O gasto total previsto do Bolsa Família em 2009 equivale aos investimentos feitos pelo governo federal (excluindo as estatais) nos primeiros seis meses do ano, inclusive com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). É equivalente ainda à terça parte do custo estimado do trem-bala entre São Paulo e o Rio de Janeiro.
A equipe do ministro Patrus Ananias calcula que, combinados, o reajuste e a expansão do número de beneficiados reduzirão em 30% o número de famílias consideradas extremamente pobres, com renda de até R$ 70 por pessoa.
De acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o país ainda tinha, em 2007, mais de 3 milhões de pessoas miseráveis.
O Ministério do Desenvolvimento Social não divulgou pesquisa sobre o número de famílias beneficiárias do Bolsa Família que continuam pobres e miseráveis.
O Nordeste concentra quase metade (47%) das famílias atendidas pelo programa. Uma parcela de aproximadamente 10% mora na região Norte.


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