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Ampliação e reajuste vão custar
R$ 406 milhões
MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O reajuste do Bolsa Família
neste ano custará aos cofres
públicos R$ 406 milhões. O valor é o equivalente a menos de
um mês e meio de redução do
IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados) sobre carros
e caminhões, uma das medidas
adotadas pelo governo federal
para conter os efeitos da crise
econômica.
Para bancar o reajuste e o pagamento a mais 1,5 milhão de
famílias até o final do ano, o governo pedirá ao Congresso Nacional uma autorização de gasto extra de R$ 561 milhões.
O orçamento do programa
passará de R$ 11,4 bilhões para
R$ 12 bilhões, calcula o Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pela proposta
do terceiro reajuste do benefício em seis anos de programa.
Não estão previstos problemas
na votação.
O gasto total previsto do Bolsa Família em 2009 equivale
aos investimentos feitos pelo
governo federal (excluindo as
estatais) nos primeiros seis meses do ano, inclusive com o PAC
(Programa de Aceleração do
Crescimento). É equivalente
ainda à terça parte do custo estimado do trem-bala entre São
Paulo e o Rio de Janeiro.
A equipe do ministro Patrus
Ananias calcula que, combinados, o reajuste e a expansão do
número de beneficiados reduzirão em 30% o número de famílias consideradas extremamente pobres, com renda de até R$ 70 por pessoa.
De acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada), o país ainda tinha,
em 2007, mais de 3 milhões de
pessoas miseráveis.
O Ministério do Desenvolvimento Social não divulgou pesquisa sobre o número de famílias beneficiárias do Bolsa Família que continuam pobres e
miseráveis.
O Nordeste concentra quase
metade (47%) das famílias
atendidas pelo programa. Uma
parcela de aproximadamente
10% mora na região Norte.
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