ANTONIO CARLOS SEIDL
da Reportagem Local

Se a palavra final for de Andrea Matarazzo, novo coordenador da campanha de Fernando Henrique Cardoso em São Paulo, tudo indica que o presidente-candidato não subirá no palanque do governador licenciado Mário Covas, o candidato tucano ao Palácio dos Bandeirantes.
Isso porque, segundo Matarazzo, a presença do presidente FHC no palanque não é determinante para a melhoria da posição de Covas nas pesquisas.
Na última pesquisa Datafolha, Covas ficou em terceiro lugar, com 18%, atrás de Francisco Rossi (PDT), 27%, e de Paulo Maluf (PPB), 25%.
"A presença do presidente no palanque é importante para qualquer candidato, mas Mário Covas é hoje a maior liderança do PSDB, com personalidade própria e uma bagagem administrativa incomparável. Obviamente, a presença do presidente no palanque é importante, mas não é determinante na sua candidatura", declarou, ontem em São Paulo.
Com isso, Matarazzo, que deixou ontem o cargo de secretário de energia do Estado de São Paulo, o qual ocupou por seis meses, para comandar a campanha de FHC no maior colégio eleitoral do país (21% dos votos), pode estar tirando uma pedra de seu sapato.
Ou seja, evita melindrar o aliado Paulo Maluf, candidato do PPB ao governo do Estado de São Paulo, que faz parte da coligação PSDB-PFL e apóia abertamente a reeleição de FHC, apesar de o presidente ser eleitor de Covas.
A julgar pelas cautelosas palavras de Matarazzo, FHC virá a São Paulo mais como presidente do que como candidato.
"O presidente faz parte de uma coligação, mas é eleitor do PSDB. Em São Paulo, vamos ter de estabelecer uma forma positiva de convívio entre as candidaturas. Por enquanto, as visitas do presidente a São Paulo são como presidente da República, sem participação em palanques."
Segundo Matarazzo, não há definição da participação de FHC em comícios em São Paulo.



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