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Nascimento pode perder vaga no Senado
Promotoria pede a cassação de ministro dos Transportes por abuso de poder econômico e caixa dois
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O Ministério Público Eleitoral no Amazonas pediu ontem a
cassação do diploma de senador do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR),
por supostos abuso de poder
econômico e uso de caixa dois
nas eleições de 2006.
No parecer enviado ao TRE
(Tribunal Regional Eleitoral)
do Amazonas, assinado pelo
procurador Edmilson da Costa
Barreiros Júnior, o MPE também solicitou à Justiça nova
eleição para uma vaga amazonense no Senado. Licenciado
do Senado, a vaga de Nascimento foi assumida pelo suplente, o
senador João Pedro (PT).
O pedido de cassação do diploma de senador de Nascimento tem como base a representação no qual é ele acusado
de uso de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) falso
durante a campanha eleitoral e
de não ter prestado contas de
despesas realizadas naquele
período, caracterizando abuso
do poder econômico e uso de
caixa dois. A denúncia foi apresenta ao MPE pelo então deputado Pauderney Avelino
(DEM), adversário de Nascimento nas eleições.
Além desta denúncia, o ministro dos Transportes também enfrenta mais dois processos no TRE do Amazonas. Um o
acusa de compra de votos por
pagamento de gasolina a eleitores durante uma carreta na cidade de Manacapuru (84 km
sul de Manaus). e a outra trata
de abuso do poder econômico.
A assessoria de imprensa do
ministro Alfredo Nascimento
informou ontem que ele só se
manifestaria sobre o pedido de
cassação após o dia 10 de setembro, data do julgamento da
ação no TRE do Amazonas.
Há duas semanas, em entrevista a emissoras de rádio de
Manaus, Nascimento afirmou
que as denúncias faziam parte
do embate político. "É muito
comum que políticos inexpressivos, que não tenham votos,
tentem buscar na Justiça um
mandato que é legítimo. A Justiça vai provar claramente que
as denúncias não têm fundamento", disse.
Com relação ao CNPJ, Nascimento afirmou que não era falso. "Não se pode ter CNPJ falso
se eu tive minhas contas aprovadas", afirmou o ministro.
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