|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
17 desistem de sair, e Receita avalia que auge da crise se foi
14 mantêm decisão de entregar cargos e devem se juntar a outros 18 já exonerados
Dos 12 servidores da cúpula
do fisco que assinaram o
manifesto que expôs a crise
no órgão, um voltou atrás e
pediu para ficar no posto
JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na cúpula da Receita Federal, a avaliação é que o auge da
crise já passou. Ontem, o novo
secretário, Otacílio Cartaxo,
começou a controlar uma parte
dos funcionários que lideraram
uma rebelião interna.
Segundo a assessoria de imprensa do fisco, dos 31 servidores que ameaçavam deixar cargos de confiança na semana
passada, 17 voltaram atrás. Os
demais 14 serão exonerados.
Até ontem, Cartaxo havia exonerado outros 18 servidores.
A explicação da Receita é que
os novos superintendentes regionais conversaram com alguns dos servidores e os convenceram a desistir de entregar
as cadeiras que ocupam.
Entre os que desistiram de
entregar os cargos de confiança, oito são de São Paulo, seis do
Rio Grande do Sul e três de Minas Gerais. Todos são funcionários públicos concursados.
Mesmo que deixassem o posto,
não seriam demitidos, voltariam para suas funções, mas
sem ter o cargo de confiança.
No dia 24, 12 integrantes da
cúpula do fisco assinaram um
manifesto e pediram exoneração, num levante contra o que
classificaram de ingerência política no órgão patrocinada pelo
ministro Guido Mantega (Fazenda) e o Palácio do Planalto.
Na esteira disso, outros funcionários também anunciaram
que deixariam os cargos.
Todos os 12 foram nomeados
pela ex-secretária da Receita
Lina Vieira, demitida em julho.
Desses, um voltou atrás e pediu
para continuar no posto.
Após deixar o cargo, Lina
confirmou à Folha que foi chamada no Planalto por Dilma
Rousseff (Casa Civil), no final
do ano passado, para um reunião a sós, quando a ministra
teria lhe pedido para concluir
rapidamente as investigações
do fisco sobre a família do senador José Sarney (PMDB-AP). Dilma nega o encontro.
Texto Anterior: Janio de Freitas: O futuro em 18 dias Próximo Texto: Fisco foi tomado por grupelhos, afirma Mendes Índice
|