da Sucursal de Brasília

O diretor do Banco Central para assuntos de bancos estaduais, Carlos Eduardo de Freitas, disse ontem que não pode assegurar que o leilão de privatização do Banespa vá sair ainda neste ano.
"Não sei se será ainda neste ano porque a privatização depende de aspectos burocráticos", disse o diretor do BC, logo após depoimento em comissão da Câmara.
Freitas não disse quais os "aspectos burocráticos" que estariam atrasando a privatização, mas pelo menos duas questões pendentes são conhecidas: o refinanciamento da dívida da Prefeitura de São Paulo, ainda em negociação, e o recolhimento de tributos sobre pagamentos previdenciários, reivindicado pela Receita.
O governador Mário Covas já anunciou que poderá não pagar em novembro parcela de R$ 1,8 bilhão da dívida estadual refinanciada com a União caso a privatização não saia.
A venda do banco em novembro já não é mais possível, devido a prazos mínimos que devem ser observados entre a publicação do edital e a realização do leilão.
Freitas anunciou durante o depoimento que o BC está estudando um possível afrouxamento nas regras de endividamento para autorizar que Estados e municípios com as contas em ordem possam contrair novos empréstimos.
Hoje, há uma resolução do Conselho Monetário Nacional que congela o valor total de financiamentos que os bancos em geral podem conceder ao setor público.


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