São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2004

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PAINEL

Beijo da morte 1
A dois dias do primeiro turno, pesquisas indicam que a chamada "oposição light" não conseguiu arrumar a vida depois do jantar com Lula em 13 de setembro. Estavam à mesa senadores da Bahia, do Maranhão e do Tocantins. Seus candidatos vão de mal a pior nessas três praças.

Beijo da morte 2
Em Salvador, o afilhado de ACM caiu a ponto de ressuscitar o petista Nelson Pellegrino, que ameaça tirá-lo do 2º turno. Em São Luís, Roseana Sarney deverá assistir à vitória de seus adversários. O mesmo se dará com Siqueira Campos em Palmas, que o PT levará já neste domingo.

Questão de perspectiva
Conclusão de um assessor presidencial a respeito dos comensais da "oposição light": foram ao jantar para resolver seus próprios problemas de governabilidade, mais que os de Lula.

Fênix eleitoral
A reviravolta em Salvador, onde o ex-desenganado Pellegrino está empatado em segundo lugar, é a maior surpresa da reta final para o PT, que em relatório recente computa a cidade como "difícil" -mesma categoria em que a sigla coloca o Rio, onde Jorge Bittar não tem chances.

Pela boca
Adversários de Cesar Borges, que luta com Nelson Pellegrino por uma vaga no segundo turno, martelaram na TV trecho de uma entrevista em que o pefelista declara: a eleição em Jequié seria, para ele, mais importante que a de Salvador. Seu irmão concorre a prefeito na cidade.

Santa derrota
Além da grande probabilidade de fracasso de sua mulher em Teresina (PI), o senador peemedebista Mão Santa encara a certeza da derrota do filho, Mão Santinha, em Parnaíba. Consola-se com um sobrinho, candidato a vice na chapa favorita na vizinha Luís Correa.

Andar de cima
A cúpula paulistana do PT já enviou sinais ao Planalto. Quer que Lula negocie diretamente com Miguel Arraes para afastar qualquer possibilidade de Luiza Erundina (PSB) aparecer em programas de televisão dos tucanos no segundo turno.

Pássaro voando
Os tucanos procuraram Michel Temer (PMDB) em busca de apoio a José Serra no segundo turno. Ouviram que ele não está disposto a abrir mão da perspectiva de presidir os Correios.

Magoei
Ala do PP desde o início contrária à candidatura de Paulo Maluf prepara o desembarque na praia de José Serra. Pode ganhar o reforço de malufistas que ontem reclamavam de Marta Suplicy ter novamente chamado o ex-prefeito de "nefasto".

Unha e carne
Geraldo Alckmin deverá acompanhar José Serra quando o candidato tucano for votar no domingo. À noite, os dois planejam aparecer novamente juntos em entrevista coletiva. O PT tentará arrastar Lula de São Bernardo, onde o presidente vota, para a capital de Marta Suplicy.

Nova tropa
Com a possibilidade de vencer já no primeiro turno em Guarulhos, o PT mandou recado ao prefeito Elói Pietá: quer sua estrutura de campanha a serviço de Marta na luta pela capital.

Intensivão
João Paulo Cunha é aguardado hoje na sua Osasco, onde o presidente da Câmara procurará compensar na reta final a distância que manteve da campanha de Emídio de Souza (PT).

Visita à Folha
Fabio Colletti Barbosa, presidente do banco Real, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço a convite do jornal. Estava acompanhado de Fernando Martins, diretor-executivo de marketing.

TIROTEIO

Do deputado Fernando Gabeira (RJ), sem partido, sobre declaração de Marta Suplicy, para quem José Serra seria "tão nefasto quanto Maluf":
-É a troca de acusações substituindo o debate para mascarar a semelhança das idéias.

CONTRAPONTO

Sem credibilidade

Em recente viagem a São Paulo, o presidente do TSE, Sepúlveda Pertence, aproveitou brecha em sua programação para dar um pulo em uma antiga loja de canetas na rua Líbero Badaró.
O ministro caminhava pelo centro paulistano quando sentiu uma mão retirar sua carteira do bolso do paletó. Nela estavam todos os seus documentos -e nenhum dinheiro. Ao imaginar o transtorno, ele não perdeu tempo e gritou para o ladrão:
-Vamos fazer negócio. Aí só tem papel. Nesta tem dinheiro-, disse, agitando no ar uma carteira retirada do outro bolso.
O ministro atirou-a na direção do ladrão, esperando que este fizesse o mesmo com a outra. Mas, ao verificar que não havia mesmo dinheiro em suas mãos, ele apenas jogou a carteira no chão e fugiu. Ao relatar o caso a um amigo, Sepúlveda protestou:
-Veja se é possível: o ladrão não acreditou em mim!


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