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Vitória de Lula explicita luta dentro do PT
FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O acerto de contas dentro do PT foi escancarado
ontem, após passar meses
reprimido em nome do
projeto maior de reeleger
Luiz Inácio Lula da Silva.
O primeiro movimento
partiu de Valter Pomar,
secretário de Relações Internacionais. Em artigo no
site do PT, ele pediu a saída imediata de Marco Aurélio Garcia da presidência
do partido, que exerce interinamente desde o afastamento de Ricardo Berzoini por causa do envolvimento na crise do dossiê.
O primeiro passo do que
deve ser um longo processo de disputa interna foi
dado ontem com a reunião
da Executiva Nacional do
partido, em Brasília. Mesmo afastado da presidência, Berzoini foi à reunião.
Para Pomar, não é possível "conciliar a condição
de presidente nacional
(mesmo que interino) do
PT, com a condição de
funcionário do governo federal". Isso comprometeria a autonomia do partido
com relação ao governo,
segundo ele. Garcia não
respondeu às declarações.
Desgastada por sucessivos escândalos, a direção
petista está fragilizada.
Correntes "radicais" como
a Articulação de Esquerda,
de Pomar, e a Democracia
Socialista, do secretário-geral Raul Pont, e até a
"centrista" Movimento PT
tentam aproveitar o momento de turbulência para
tentar abocanhar a presidência da legenda.
Apesar disso, os nomes
cotados para o cargo são os
do ministro Luiz Dulci, da
Secretaria Geral da Presidência, do ex-presidente
da Petrobras José Eduardo Dutra e do governador
do Acre, Jorge Viana.
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