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Bastos diz que revista pode fazer representação para apurar abuso
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Depois de participar da abertura do 50º Congresso da União
Internacional dos Advogados, o
ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) disse ontem à noite, em Salvador, que a revista
"Veja" pode fazer uma representação ao ministério para
apurar se houve abuso de autoridade cometido por um delegado da Polícia Federal contra
jornalistas da Editora Abril.
"Ainda bem que nós temos liberdade de imprensa no Brasil.
Eu falei com o editor-chefe da
"Veja", disse a ele que, se houvesse qualquer abuso, que o delegado nega, bastava que fizesse
uma representação ao próprio
ministro da Justiça que a gente
iria apurar isso com o máximo
cuidado", afirmou.
Segundo o ministro, a liberdade de imprensa "é um valor
muito alto e prezado por este
governo". "O presidente Lula é
um produto da imprensa livre."
Márcio Thomaz Bastos disse
que conversou duas vezes com
o presidente do PSDB, senador
Tasso Jereissati, sobre o tema.
"Não pode haver quebra de sigilo de fonte. O sigilo de fonte é
um sigilo forte, é como o sigilo
do advogado, do padre, e nem
foi questionado se se quebrava
ou se se não quebrava. O que a
PF está fazendo é investigar
uma acusação da própria revista "Veja", não contra os repórteres", disse o ministro, que negou sua eventual permanência
no segundo mandato do governo do presidente Lula. "Não
existe hipótese", disse.
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