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outro lado
Patrocínio visa "retorno mercadológico", diz banco
DA REPORTAGEM LOCAL
A Caixa Econômica Federal
informou que investiu R$ 40
mil no evento em homenagem
ao ministro José Antonio Dias
Toffoli, do STF, "visando retorno mercadológico".
A entidade informa que recebeu proposta da Ajufe, "solicitando patrocínio de R$ 50 mil
para encontro da entidade com
associados e membros do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça e
presidentes dos Tribunais Regionais Federais".
"Por se tratar de público de
relacionamento institucional
da Caixa, e visando retorno
mercadológico decorrente de
ações desenvolvidas com o segmento judiciário, bem como a
oportunidade para divulgação
de produtos e serviços no evento, foi investido o valor de R$
40 mil, para cobertura de custos com infraestrutura, que serão pagos após a prestação de
contas", informou o banco.
O presidente da Ajufe, Fernando Mattos, informou que "a
possibilidade do recebimento
de verbas de patrocínio é reconhecida pelo CNJ (Conselho
Nacional de Justiça)".
Segundo Mattos, o coquetel
foi patrocinado por 29 instituições representantes das magistraturas e do Ministério Público Federal, Estadual, Militar e
do Trabalho, das advocacias
públicas, das carreiras de auditor fiscal, dos servidores do Judiciário e das Defensorias Públicas. Ele nega que a associação que dirige tenha sido "mera
repassadora de recursos".
"A Ajufe é entidade séria,
com mais de 37 anos de existência e ao longo de sua história
tem demonstrado seu compromisso com o fortalecimento do
Estado democrático de Direito", disse Mattos.
"Lamento que o questionamento de um associado tenha
sido exposto por alguém na
tentativa de desestabilizar e
desqualificar o sério trabalho
desenvolvido pela atual diretoria, provavelmente de olho no
processo sucessório que acontecerá no próximo ano", disse.
Para o presidente da Ajufe,
"essa iniciativa mesquinha por
parte do "vazador da lista" não
atinge a diretoria da entidade".
"É sim um golpe contra a nossa
instituição e, portanto, contra
os magistrados federais."
Sobre o seminário realizado
em Búzios, em 2008, Mattos
afirmou, na ocasião, que "não
há nada de espúrio". "Tudo é
feito com contrato, há prestação de contas aos associados.
Isso acontece em outros ramos
de atividade e com outros órgãos do serviço público."
O ministro Toffoli não foi localizado pela Folha. Segundo
sua chefia de gabinete, as informações deveriam ser dadas pela Ajufe. A empresária Celina
Frossard não foi localizada pela reportagem em seu escritório.
(FV)
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