São Paulo, domingo, 01 de novembro de 2009

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outro lado

Patrocínio visa "retorno mercadológico", diz banco

DA REPORTAGEM LOCAL

A Caixa Econômica Federal informou que investiu R$ 40 mil no evento em homenagem ao ministro José Antonio Dias Toffoli, do STF, "visando retorno mercadológico".
A entidade informa que recebeu proposta da Ajufe, "solicitando patrocínio de R$ 50 mil para encontro da entidade com associados e membros do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça e presidentes dos Tribunais Regionais Federais".
"Por se tratar de público de relacionamento institucional da Caixa, e visando retorno mercadológico decorrente de ações desenvolvidas com o segmento judiciário, bem como a oportunidade para divulgação de produtos e serviços no evento, foi investido o valor de R$ 40 mil, para cobertura de custos com infraestrutura, que serão pagos após a prestação de contas", informou o banco.
O presidente da Ajufe, Fernando Mattos, informou que "a possibilidade do recebimento de verbas de patrocínio é reconhecida pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça)".
Segundo Mattos, o coquetel foi patrocinado por 29 instituições representantes das magistraturas e do Ministério Público Federal, Estadual, Militar e do Trabalho, das advocacias públicas, das carreiras de auditor fiscal, dos servidores do Judiciário e das Defensorias Públicas. Ele nega que a associação que dirige tenha sido "mera repassadora de recursos".
"A Ajufe é entidade séria, com mais de 37 anos de existência e ao longo de sua história tem demonstrado seu compromisso com o fortalecimento do Estado democrático de Direito", disse Mattos.
"Lamento que o questionamento de um associado tenha sido exposto por alguém na tentativa de desestabilizar e desqualificar o sério trabalho desenvolvido pela atual diretoria, provavelmente de olho no processo sucessório que acontecerá no próximo ano", disse.
Para o presidente da Ajufe, "essa iniciativa mesquinha por parte do "vazador da lista" não atinge a diretoria da entidade". "É sim um golpe contra a nossa instituição e, portanto, contra os magistrados federais."
Sobre o seminário realizado em Búzios, em 2008, Mattos afirmou, na ocasião, que "não há nada de espúrio". "Tudo é feito com contrato, há prestação de contas aos associados. Isso acontece em outros ramos de atividade e com outros órgãos do serviço público."
O ministro Toffoli não foi localizado pela Folha. Segundo sua chefia de gabinete, as informações deveriam ser dadas pela Ajufe. A empresária Celina Frossard não foi localizada pela reportagem em seu escritório. (FV)


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