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Espera por Aécio leva PP a protelar apoio a Dilma
Ambição de candidaturas próprias nos Estados também afasta sigla do PT
Partido quer adiar decisão sobre aliança nacional para o próximo ano; Dornelles, tio do governador de Minas, diz que "não tem pressa"
ANA FLOR
DA REPORTAGEM LOCAL
Dificuldades regionais e a esperança do partido de ver o governador mineiro Aécio Neves
(PSDB) candidato tucano à
Presidência da República devem retardar até o próximo ano
a decisão do PP de apoiar ou
não a candidatura da ministra
Dilma Rousseff (Casa Civil).
Na última semana, Dilma
jantou com líderes do partido,
fez elogios à atuação do ministro Márcio Fortes (Cidades),
mas não ouviu da bancada a
promessa de aliança. Segundo o
presidente nacional, senador
Francisco Dornelles (RJ), o
partido "não tem pressa".
Dornelles, tio de Aécio, externa sua simpatia à candidatura do mineiro à Presidência.
Apesar de elogiar Dilma, diz
que o tratamento dado ao PP
por Aécio é "excelente".
Além de Dornelles, o deputado federal Ciro Nogueira (PP-PI), que exerce forte influência
na bancada federal da sigla,
também trabalha pela candidatura Aécio e quer esperar uma
definição do PSDB.
A aliança com o PT encontra
ainda dificuldades em São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Estados
onde as lideranças locais têm
fortes ligações com o PSDB ou
defendem candidaturas próprias do PP. Minas, em apoio a
Aécio, lidera os discursos regionais por uma decisão tardia sobre a aliança nacional.
O principal nome do PP em
São Paulo, deputado federal
Paulo Maluf, não compareceu
ao jantar com Dilma. Arquiteto
da candidatura própria do PP
no Estado, ele é simpático à
ideia de os diretórios ficarem livres para costurar alianças.
Já no Rio Grande do Sul, onde o PP participa do governo
tucano, as lideranças locais são
simpáticas ao PT, mas há forte
resistência da bancada federal.
Em Santa Catarina, um palanque conjunto parece inviável e a disputa é acirrada. A deputada federal Ângela Amim,
provável nome do PP ao governo, aparece nas pesquisas como
grande adversária da candidata
governista, a senadora Ideli
Salvati (PT-SC).
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