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MULTIMÍDIA
Filósofo francês é contra condenação de Rainha
O filósofo francês Jacques Derrida engrossou ontem a campanha internacional contra a condenação do líder do MST -Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra- José Rainha.
Na semana passada, o protesto
coube ao escritor português José
Saramago.
Em carta aberta ao presidente
Fernando Henrique Cardoso, publicada no jornal L"Humanité, órgão do Partido Comunista francês, Derrida diz que o julgamento
de Rainha (acusado de homicídio) é um processo político e será
interpretado como um símbolo
de grande alcance, sobretudo no
momento da reunião da Organização Mundial do Comércio.
Ele chama de "injustiça estarrecedora" a condenação de Rainha
e cita irregularidades no processo
contra o sem-terra.
Derrida conclui com uma referência ao passado acadêmico de
Fernando Henrique, vivido em
parte na França:
"Eis o que eu acredito e o que eu
acredito que diria ao presidente se
eu ousasse (mas eu ouso portanto) me dirigir a ele assim familiarmente, como a esse universitário
e esse colega francês (que ele o foi
também) cuja ascensão ao poder
suscitou tantas belas esperanças".
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