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OUTRO LADO
Subprocurador-geral diz que nada foi encontrado pela sindicância
DA REPORTAGEM LOCAL
O subprocurador-geral da República Antônio Augusto Cesar
não quis conceder entrevista sobre a sua atuação no caso Cobrasma. Por intermédio de sua secretária em São Paulo, Cesar informou que a sindicância interna nada apurou contra ele.
"Recorda-se que [o fato] foi investigado a fundo pela Procuradoria da República, que concluiu
que nenhum comprometimento,
nenhuma omissão poderia ser
atribuída ao procurador Antônio
Augusto Cesar", afirma mensagem enviada à Folha por fax, na
tarde da sexta-feira.
O advogado Alberto Toron, que
defende o juiz João Carlos da Rocha Mattos na investigação sobre
a Operação Anaconda, afirmou
desconhecer detalhes do caso Cobrasma.
"Não posso me manifestar pelo
juiz, porque não vi a documentação. Esse caso não é objeto do
processo", diz o advogado. Toron
afirma que deverá consultar Rocha Mattos sobre o assunto, hoje.
O ex-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo) Luis Eulalio de Bueno
Vidigal Filho, 64, diz que não conhece o juiz Rocha Mattos nem o
subprocurador-geral Antônio
Augusto Cesar.
"Para mim, o caso havia acabado. Eu nunca fui depor, nem no
Ministério Público Federal nem
perante o juiz", diz o empresário.
"Não houve oitiva no caso.
Nunca soube que houve sindicância interna, nunca me perguntaram nada", disse Vidigal. "Não tive notícia de nada disso."
A Procuradoria Geral da República, em Brasília, e a Procuradoria da República em São Paulo
não souberam informar o resultado oficial da sindicância instaurada em 1989 para apurar a perda de
prazo pelo procurador.
(FV)
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