São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2008

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Toda Mídia


NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Jogo de cintura

A revista do espanhol "El País" relacionou ontem "Os protagonistas de 2008". Abrindo a edição, Lula assinou "É hora da política", escrito às vésperas do encontro do G20 em Washington. Argumentou o que repete dia após dia, em favor de uma mudança na "arquitetura" mundial. Ontem no também espanhol "La Vanguardia", mais sobre Lula, com página inteira do Brasil com "jogo de cintura", "o Bric da estabilidade", abrindo pela cena do brasileiro à direita de George W. Bush no G20, "todo um símbolo da posição que o país ganhou na economia mundial".
Não é só a Espanha de Santander e Telefónica que vê esperança no Brasil. O "Washington Post" destacou ontem na coluna de mercado que "em meio ao barulho" em Wall Street "uma tendência positiva emerge" por Brasil e outros, com alta na Bolsa.



SUPER-RICOS
No inglês "Guardian" de sábado, um relato sobre a crise "distante" para áreas como o Jardim Pernambuco, que segue erguendo "mansões de milionários sobre a zona sul do Rio, o coração da alta sociedade brasileira". O "mercado AAA" não se abala. O correspondente ironiza que Lula no poder "coincide com o boom para os super-ricos".

PÓS-PARTIDÁRIOS
No americano "Baltimore Sun", por outro lado, um longo artigo compara Barack Obama a Lula e ao francês Nicholas Sarkozy. Os três seriam "pós-partidários" ou, segundo o enunciado, "Um trio para o nosso tempo". Buscam "justiça social num mundo moderno", evitando polarização política, e privilegiam o multilateralismo.

"RACIAL"
AP/huffingtonpost.com
O "WP" de domingo ressaltou, não mais Sarah Palin, mas o governador eleito de Louisiana, Piyush Jindal, como "a versão republicana de Barack Obama". Ele tem 37 anos, é formado em Oxford "e filho de imigrantes da Índia"

JIM ROY

Segue ecoando a reedição de "O Presidente Negro", de Monteiro Lobato. O "Guardian" escreveu sobre "o estranho caso do esquecido romance de ficção científica" que, além de Obama nos EUA, teria previsto a própria internet. E termina com o anúncio da morte do eleito, Jim Roy, no dia de sua posse.

EM TODAS
nytimes.com
Os secretários de Estado e Defesa saem hoje, mas o "NYT" não esquece a manipulação de mídia e Pentágono e detalhou ontem a ação de um general ligado à NBC e à indústria

AOS LATINOS

O "New York Times" deu editorial na sexta, aconselhando Obama a enfrentar "as relações profundamente amargas" deixadas por Bush na América Latina. Chega a aconselhar que elimine a tarifa sobre o etanol para "incrementar as relações com o Brasil".
De seu lado, Andres Oppenheimer, no "Miami Herald", tenta ver sinais do que Obama quer para a região por seus telefonemas aos líderes. Começou pelo México, passou por Brasil junto com outros emergentes e deixou a Colômbia para o fim. A conclusão é que mudaria pouco, sem dar "prioridade" à América Latina.

OUTRAS CIVILIZAÇÕES

lemonde.fr
Lévi-Strauss no Pantanal, na foto que virou cartaz da exposição

Do francês "Le Monde" ao "NYT", o fim de semana mostrou o centenário de Claude Lévi-Strauss na sexta, no Musée du Quai Branly, em Paris. As longas reportagens, além de recontar a trajetória do antropólogo que "mudou a maneira que os ocidentais vêem as outras civilizações", com maior atenção para a obra "Tristes Trópicos", usaram extensivamente as imagens apresentadas no museu, de Lévi-Strauss no Brasil.

POR SANTA CATARINA

Fausto Silva, na Globo, e José Luiz Datena, na Band, entraram ontem na corrida por solidariedade, mas a Record seguiu na frente com Britto Jr., reunindo não a diretoria, como na quinta, mas o elenco de jornalismo e novelas da rede para pedir dinheiro, ao vivo.

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@ - Nelson de Sá



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