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Disputa pela região começou no século 19
DA AGÊNCIA FOLHA
A disputa pelos 635 km2 de
Palmeira dos Índios, em Alagoas, começa em 1822, ano da
independência do Brasil. Segundo o relatório da antropóloga Siglia Zambrotti Dória,
aprovado pela Funai, em 10 de
dezembro daquele ano foi concluída a demarcação de uma
área de 12.320 hectares, sobreposta a duas sesmarias.
Imediatamente, os herdeiros
dessas sesmarias (lotes de terra
abandonados cedidos para cultivo na época do Império) entraram com um processo formal contra a demarcação, que
veio a ser confirmada 39 anos
depois, em 1861.
No entanto, a chegada de
não-índios à região e o êxodo
de indígenas provocado pela
seca, relata a antropóloga, fizeram com que, em 1872, o presidente da província de Alagoas
extinguisse todos os aldeamentos indígenas. Mesmo assim, os
índios permaneceram na região.
Em 1952, o hoje extinto Serviço de Proteção aos Índios
comprou para os xucuru-cariri
uma propriedade particular
onde foi instalada a primeira
aldeia moderna no município.
Somente em 1988, a Funai
começou o processo de demarcação da terra indígena. Desde
então, quatro relatórios de
identificação e delimitação foram produzidos, mas nenhum
foi aprovado pela Funai, por
discordâncias em relação a limites territoriais. Esse é o primeiro que recebe a chancela do
presidente da Funai.
(BC)
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