São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2008

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Disputa pela região começou no século 19

DA AGÊNCIA FOLHA

A disputa pelos 635 km2 de Palmeira dos Índios, em Alagoas, começa em 1822, ano da independência do Brasil. Segundo o relatório da antropóloga Siglia Zambrotti Dória, aprovado pela Funai, em 10 de dezembro daquele ano foi concluída a demarcação de uma área de 12.320 hectares, sobreposta a duas sesmarias.
Imediatamente, os herdeiros dessas sesmarias (lotes de terra abandonados cedidos para cultivo na época do Império) entraram com um processo formal contra a demarcação, que veio a ser confirmada 39 anos depois, em 1861.
No entanto, a chegada de não-índios à região e o êxodo de indígenas provocado pela seca, relata a antropóloga, fizeram com que, em 1872, o presidente da província de Alagoas extinguisse todos os aldeamentos indígenas. Mesmo assim, os índios permaneceram na região.
Em 1952, o hoje extinto Serviço de Proteção aos Índios comprou para os xucuru-cariri uma propriedade particular onde foi instalada a primeira aldeia moderna no município.
Somente em 1988, a Funai começou o processo de demarcação da terra indígena. Desde então, quatro relatórios de identificação e delimitação foram produzidos, mas nenhum foi aprovado pela Funai, por discordâncias em relação a limites territoriais. Esse é o primeiro que recebe a chancela do presidente da Funai. (BC)


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