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Site e polícia monitoram imprensa
DO ENVIADO ESPECIAL A UNAÍ
A cobertura jornalística da
morte dos três fiscais do Trabalho
e seu motorista em Unaí tem sido
monitorada pela equipe de um site mantido por fazendeiros da região e pelo serviço secreto da Polícia Militar de Minas Gerais.
Na sexta-feira, quando houve
uma entrevista coletiva do comandante da PM e do chefe da
Polícia Civil, os jornalistas, a
maioria de Brasília e Belo Horizonte, foram fotografados pela
equipe do UnaiNet. Segundo o
proprietário do site, José Augusto
Nieto, as imagens foram feitas para "mostrar a movimentação" em
torno do crime.
Um detalhe é que as fotos não
foram divulgadas na página, que
tem por objetivo "mostrar o lado
bom e as coisas bonitas da cidade". Em editorial sobre a chacina,
Nieto diz que a repercussão do
crime é feita pelo que atribui ser
uma "mídia sensacionalista". O
site é mantido, segundo o próprio
Nieto, por "propaganda de empresários da cidade".
Já os PMs que monitoram os
jornalistas mantêm distância dos
repórteres, informando seus superiores. Após a visita ao escritório do Condomínio Rural Mânica, de Norberto Mânica, na tarde
de sábado, a secretária do fazendeiro, Carla Paz Andrade, ligou
para o celular do capitão Elias Andrade. Ao encontrar com os repórteres, Andrade disse: "Vocês
não podem fazer as coisas desse
jeito, estão indo longe demais.
Quando esse crime for elucidado,
vocês vão pagar caro por isso".
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