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Governo frustra comunitárias
DA REPORTAGEM LOCAL
Acabou no final do ano passado
a lua-de-mel entre a maior parte
das rádios comunitárias e o governo do PT -partido historicamente ligado a essas emissoras.
O setor se frustrou com o baixo
número de novas licenças concedidas pela gestão lulista e com o
ritmo de fechamento de estações
sem autorização para operar.
A chegada de Eunício Oliveira
às Comunicações agravou o clima
de insatisfação. Como ele é proprietário de rádios comerciais
(segmento tradicionalmente "inimigo" das comunitárias), teme-se
que intensifique a fiscalização.
Miro Teixeira (sem partido, RJ)
deixou o cargo, no mês passado,
em meio a críticas. Ao assumir o
ministério, no início de 2003, havia prometido agilizar a liberação
dos mais de 4.400 pedidos de comunitárias parados no ministério. Formou um grupo de trabalho com essa incumbência, mas
menos de cem foram liberados.
Ibope
Há atualmente no Brasil pouco
mais de 2.000 emissoras desse tipo regularizadas. Mas entidades
do setor calculam que o número
de irregulares chegue a 15 mil.
Especialistas avaliam que as comunitárias tenham mais de 40%
da audiência das comerciais. No
ano passado, segundo relatório
do Ibope, as FMs irregulares da
Grande São Paulo, somadas, chegaram a atingir o 9º lugar do ranking das mais ouvidas, dentre as
mais de 30 estações da região.
(LM)
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