São Paulo, sábado, 02 de fevereiro de 2008

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REGIME MILITAR

Tarso avalia se morte de Jango merece reexame

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro Tarso Genro (Justiça) disse ontem, em conversa com o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, que, nos próximos dez dias, anunciará o resultado da primeira avaliação sobre o suposto assassinato do ex-presidente João Goulart (1918-1976).
À Folha, o ex-agente uruguaio Mario Neira Barreiro disse que espionou Jango no exílio e participou de uma operação para assassiná-lo. O ex-agente, que cumpre pena na Penitenciária de Charqueadas (RS) por tráfico de armas, roubo de carro-forte e falsidade ideológica, não exibiu provas. Jango morreu em 6 de dezembro de 1976, oficialmente de ataque cardíaco.
Por determinação de Tarso, Barreiro foi ouvido anteontem pela Polícia Federal. A conversa entre o ministro e Britto ocorreu na cerimônia de abertura do ano judiciário no STF. Segundo Britto, Tarso disse que irá se empenhar para descobrir a verdade e pediu a ajuda da OAB. "A possibilidade de envenenamento de um presidente da República é extremamente grave e não pode pairar qualquer dúvida sobre a ação criminosa contra aquele que já foi a maior autoridade de um país", afirmou Britto.


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