|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
REGIME MILITAR
Tarso avalia se morte de Jango merece reexame
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro Tarso Genro
(Justiça) disse ontem, em
conversa com o presidente
da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar
Britto, que, nos próximos
dez dias, anunciará o resultado da primeira avaliação sobre o suposto assassinato do ex-presidente
João Goulart (1918-1976).
À Folha, o ex-agente
uruguaio Mario Neira
Barreiro disse que espionou Jango no exílio e participou de uma operação
para assassiná-lo. O ex-agente, que cumpre pena
na Penitenciária de Charqueadas (RS) por tráfico
de armas, roubo de carro-forte e falsidade ideológica, não exibiu provas. Jango morreu em 6 de dezembro de 1976, oficialmente
de ataque cardíaco.
Por determinação de
Tarso, Barreiro foi ouvido
anteontem pela Polícia
Federal. A conversa entre
o ministro e Britto ocorreu na cerimônia de abertura do ano judiciário no
STF. Segundo Britto, Tarso disse que irá se empenhar para descobrir a verdade e pediu a ajuda da
OAB. "A possibilidade de
envenenamento de um
presidente da República é
extremamente grave e não
pode pairar qualquer dúvida sobre a ação criminosa contra aquele que já foi
a maior autoridade de um
país", afirmou Britto.
Texto Anterior: Delúbio e Silvio foram responsáveis pelos repasses, diz Valério Próximo Texto: Fisiologismo: PR cobra ida de Alcântara para "qualquer lugar" Índice
|