DA REPORTAGEM LOCAL

O empresário Roberto Kurzweil diz não se recordar de ter feito pagamentos pelo uso do helicóptero que levou Antonio Palocci a Angra dos Reis em 2002. "Não consegui encontrar nenhum pagamento desse tipo na minha contabilidade", disse.
Ele confirma ter usado o helicóptero do antigo sócio, mas diz não se lembrar de ter pago pelo uso. Ao ser questionado se pagara o combustível da aeronave, Kurzweil respondeu: "Ah, então eu não paguei pelo aluguel do helicóptero, só pelo combustível...".
Sobre o pagamento da casa, em 2002 e 2003, a memória de Kurzweil é melhor: "Não paguei casa nenhuma. Foi o Palocci quem pagou nas duas vezes. Indiquei a casa para ele, mas foi o Ademirson Ariovaldo [secretário do ministro] quem cuidou do pagamento".
Ele diz que não obteve ajuda de Palocci quando ele estava à frente da Fazenda. "As viagens que fez para Angra foram de puro lazer. Não sei se vale a pena encher o saco do cara quando foi descansar com a família." A Folha deixou recados na quinta e na sexta-feira no escritório do advogado de Palocci, mas não obteve resposta.


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