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análise
Nova equipe mostra Lula mais distante de PT
KENNEDY ALENCAR
VALDO CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A montagem do ministério
do segundo mandato de Luiz
Inácio Lula da Silva concluiu
um processo de distanciamento do PT iniciado nas
crises do primeiro mandato,
quando os dois mais importantes auxiliares do presidente, José Dirceu e Antonio
Palocci, deixaram o governo.
Segundo ministros e auxiliares, Lula está mais centralizador e solitário. Usou a reforma ministerial para
amarrar uma ampla base no
Congresso. Pretende, assim,
aprovar rapidamente as medidas do PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento)
e se precaver contra CPIs.
O "núcleo duro", grupo de
ministros petistas, foi minado. Hoje, a coordenação tem
figuras novas, que revelam o
distanciamento do PT. A articulação política fica a cargo
do petebista Walfrido dos
Mares Guia. O PMDB tem
agora cinco pastas.
O PT perdeu as lideranças
do governo no Congresso.
Tentou emplacar Marta Suplicy na Educação ou nas Cidades. Ela foi parar no Turismo. Na última hora, o PT deixou o comando do Ministério do Trabalho. A comunicação foi entregue ao jornalista
Franklin Martins, que disse
não caber ao governo cultivar uma imprensa simpática.
Jogou água no chope do PT.
Além de Mares Guia e
Franklin, integram a coordenação de governo Tarso Genro (Justiça), Dilma Rousseff
(Casa Civil) e Luiz Dulci (Secretaria Geral).
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