São Paulo, segunda-feira, 02 de abril de 2007

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análise

Nova equipe mostra Lula mais distante de PT

KENNEDY ALENCAR
VALDO CRUZ

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A montagem do ministério do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva concluiu um processo de distanciamento do PT iniciado nas crises do primeiro mandato, quando os dois mais importantes auxiliares do presidente, José Dirceu e Antonio Palocci, deixaram o governo.
Segundo ministros e auxiliares, Lula está mais centralizador e solitário. Usou a reforma ministerial para amarrar uma ampla base no Congresso. Pretende, assim, aprovar rapidamente as medidas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e se precaver contra CPIs.
O "núcleo duro", grupo de ministros petistas, foi minado. Hoje, a coordenação tem figuras novas, que revelam o distanciamento do PT. A articulação política fica a cargo do petebista Walfrido dos Mares Guia. O PMDB tem agora cinco pastas.
O PT perdeu as lideranças do governo no Congresso. Tentou emplacar Marta Suplicy na Educação ou nas Cidades. Ela foi parar no Turismo. Na última hora, o PT deixou o comando do Ministério do Trabalho. A comunicação foi entregue ao jornalista Franklin Martins, que disse não caber ao governo cultivar uma imprensa simpática. Jogou água no chope do PT.
Além de Mares Guia e Franklin, integram a coordenação de governo Tarso Genro (Justiça), Dilma Rousseff (Casa Civil) e Luiz Dulci (Secretaria Geral).


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