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Ação da oposição na Procuradoria acusa ministra de quebra de sigilo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A oposição ingressou ontem
na Procuradoria Geral da República com representação
contra a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e a secretária-executiva do ministério, Erenice Alves Guerra. Na ação, assinada por DEM e PSDB, as duas
são acusadas de crimes de responsabilidade, de ameaça e
quebra de sigilo.
Os partidos apontam a ministra e sua assessora como responsáveis pela elaboração de
dossiê com dados sigilosos sobre gastos do governo Fernando Henrique Cardoso e divulgado seu conteúdo com intuito
de ameaçar a oposição na CPI
dos Cartões Corporativos.
O dossiê revela despesas da
ex-primeira-dama Ruth Cardoso e de ex-ministros. O Planalto nega ser um dossiê.
"Se não tomarmos essa providência, a truculência do governo ficará impune", disse o líder do DEM, senador José
Agripino Maia (RN).
A ação é baseada em reportagens da revista "Veja" e da Folha. O jornal revelou na última
sexta-feira que partiu de Erenice, braço direito de Dilma, a ordem para montar o dossiê. O
governo afirma ter seguido recomendação do TCU (Tribunal
de Contas da União) para montar uma base de dados com gastos de FHC, o que não foi confirmado pelo tribunal.
O crime de ameaça, previsto
no Código Penal, tem como pena detenção de um a seis meses
ou multa. A violação de sigilo
funcional prevê detenção de
seis meses a dois anos ou multa.
A pena para violação de sigilo é
de um a quatro anos. A Casa Civil não se manifestou.
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