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outro lado
Tucano diz que Senado liberou uso de verba
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Tasso Jereissati justificou o uso de parte de sua verba de passagens em 2005 e 2006 dizendo que fretou jatos para compromissos como
presidente do PSDB, cargo
que ocupava à época.
"Às vezes é difícil separar a agenda de compromissos partidários dos
compromissos de senador. Ocorria de eu sair de
Brasília, passar em São
Paulo para um evento partidário e seguir depois para Fortaleza", afirma ele.
Tasso diz que sempre teve autorização da Casa para aproveitar o saldo das
passagens não utilizadas.
"Eu só sabia que era legal.
Sabia que tinha um saldo e
pedia o fretamento."
O tucano diz que raramente utiliza todo o crédito para passagens do Senado a que tem direito mensalmente (R$ 21.230). "Às
vezes tenho uma emergência e meu avião, por algum motivo, está indisponível. Eu recorro a um fretamento", disse. "Moro
longe, num Estado de fora
do eixo Rio-São Paulo,
com uma frequencia menor de voos comerciais."
Tasso disse que mesmo
assim usa eventualmente
voos de carreira. "Na semana passada usei um."
Segundo o diretor-geral
do Senado, Alexandre Gazineo, o ato da Mesa Diretora de 1988 que estabelece as cotas de passagens
aéreas é "omisso" quanto à
possibilidade de fretamento. Assim, poderia haver autorização ou não.
Segundo ele, a decisão
de autorizar a conversão
das passagens em crédito
para fretamento é do primeiro-secretário da Mesa
Diretora -Efraim Morais
(DEM-PB), no período em
que Tasso fez uso desse expediente. A cada pedido
abre-se um processo, de
acordo com ele.
Morais confirmou à Folha que deu as autorizações. "É um procedimento
legal. Se for para uso pessoal do senador, não vejo
problema", afirma.
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