São Paulo, quinta-feira, 02 de abril de 2009

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outro lado

Tucano diz que Senado liberou uso de verba

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Tasso Jereissati justificou o uso de parte de sua verba de passagens em 2005 e 2006 dizendo que fretou jatos para compromissos como presidente do PSDB, cargo que ocupava à época.
"Às vezes é difícil separar a agenda de compromissos partidários dos compromissos de senador. Ocorria de eu sair de Brasília, passar em São Paulo para um evento partidário e seguir depois para Fortaleza", afirma ele.
Tasso diz que sempre teve autorização da Casa para aproveitar o saldo das passagens não utilizadas. "Eu só sabia que era legal. Sabia que tinha um saldo e pedia o fretamento."
O tucano diz que raramente utiliza todo o crédito para passagens do Senado a que tem direito mensalmente (R$ 21.230). "Às vezes tenho uma emergência e meu avião, por algum motivo, está indisponível. Eu recorro a um fretamento", disse. "Moro longe, num Estado de fora do eixo Rio-São Paulo, com uma frequencia menor de voos comerciais."
Tasso disse que mesmo assim usa eventualmente voos de carreira. "Na semana passada usei um."
Segundo o diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, o ato da Mesa Diretora de 1988 que estabelece as cotas de passagens aéreas é "omisso" quanto à possibilidade de fretamento. Assim, poderia haver autorização ou não.
Segundo ele, a decisão de autorizar a conversão das passagens em crédito para fretamento é do primeiro-secretário da Mesa Diretora -Efraim Morais (DEM-PB), no período em que Tasso fez uso desse expediente. A cada pedido abre-se um processo, de acordo com ele.
Morais confirmou à Folha que deu as autorizações. "É um procedimento legal. Se for para uso pessoal do senador, não vejo problema", afirma.


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