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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Mão na massa
Agora que José Serra (PSDB) anunciou a saída do
governo de São Paulo para iniciar a campanha ao Palácio do Planalto, lideranças do DEM e de outras siglas que devem apoiá-lo pressionam o tucano a se envolver pessoalmente na solução de divergências nos
palanques estaduais.
Na lista de problemas, Rio, Bahia, Santa Catarina e
Mato Grosso do Sul. Nas quatro praças, o litígio envolve candidaturas de "demos" e de peemedebistas que
fazem oposição ao governo Lula, além do PV de Fernando Gabeira, que não topa chapa com Cesar Maia
(DEM) para o Senado no Rio. A direção do PSDB resiste à intervenção direta de Serra. "Não é hora de ele
ficar perto de problema", diz um dirigente.
Escala. O PSDB nacional
acertou que uma das primeiras viagens de Serra será a
Pernambuco. Tucanos aguardam o retorno do senador
Jarbas Vasconcelos (PMDB)
do exterior para que ele anuncie a candidatura ao governo.
Holofotes. Já fora da Casa
Civil, Dilma Rousseff (PT) foi
convidada a ser a atração na
segunda de evento na Câmara
organizado pelo PR para empossar Alfredo Nascimento
na presidência da sigla. Ele
deixou o Ministério dos
Transportes para disputar o
governo do Amazonas, dando
a ela palanque no Estado.
Tromba d"água. Candidato ao Senado, o governador
do Amazonas, Eduardo Braga
(PMDB), foi surpreendido anteontem no meio do seu discurso de despedida do cargo,
feito na parte externa da sede
do governo, por um forte temporal. O peemedebista e aliados tiveram de correr para se
abrigar num salão.
Em progresso 1. Fechado o acordo PT-PDT no Paraná, os partidos buscam atrair
outras siglas em torno da candidatura do pedetista Osmar
Dias ao governo. PR, PC do B e
PSC já estão no barco.
Em progresso 2. De uma
dessas siglas sairá o vice, já
que o PT terá a candidata ao
Senado: Gleisi Hoffmann.
Complementar. Em conversa com Lula anteontem,
Osmar Dias ponderou que o
vice deve ser um nome de expressão em Curitiba, já que
ele tem mais força no interior.
Fôlego 1. Deputados próximos a Marta Suplicy, que já
respiravam aliviados com a
opção da ex-prefeita por disputar o Senado, pois uma candidatura à Câmara tenderia a
"matar" outras à sua volta,
festejaram a liderança folgada
(43%) registrada por ela no
Datafolha. Avaliam que ela
carregará vários correligionários com sua votação, especialmente na capital paulista.
Fôlego 2. Animado com os
25% na mesma pesquisa, Romeu Tuma (PTB) mandou o
filho Robson deixar uma diretoria da Liquigás (sistema Petrobras) para concorrer à Câmara, até então seu plano B,
caso a candidatura ao Senado
começasse a patinar.
Regente. Preterido na disputa pela vaga do PSDB paulista ao Senado, Paulo Renato
enviou e-mail anteontem para a equipe na Secretaria da
Educação anunciando a decisão: "Se é para o bem de todos,
digam ao povo que fico".
Parceiro. O presidente do
PT-SP, Edinho Silva, diz que a
perspectiva de unidade partidária em torno de Aloizio
Mercadante foi o que levou
Eduardo Suplicy a abdicar da
pré-candidatura ao governo.
De fora. Paulo Skaf (PSB),
1% no Datafolha, desligou-se
de conselhos vinculados ao
governo paulista, cargo que
almeja disputar, e à União
-entre eles o "Conselhão".
Sujou. Michel Temer
(PMDB-SP), que toureava entidades de aposentados pela
votação de um reajuste à classe, passou de interlocutor a vilão. Após não ter sido recebida, a Confederação Brasileira
de Aposentados e Pensionistas fez cartazes: "Aposentados
prometem dar o troco ao deputado que almeja ser vice-presidente da República".
Tiroteio
"Se a oposição pensa em ganhar
a eleição montada no caso Bancoop,
vai dar com os burros n'água."
Do deputado paranaense ANDRÉ VARGAS, secretário
de Comunicação do PT, sobre o modorrento depoimento
do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, ao Senado.
Contraponto
Homens de boa vontade
Em reunião da Comissão de Constituição e Justiça da
Câmara, na terça passada, José Genoino (PT-SP) propôs
um acordo sobre a ordem de votação das matérias, imediatamente endossado por Mendonça Prado (DEM-SE).
O presidente da CCJ, Eliseu Padilha (PMDB-RS), saudou o entendimento entre um deputado governista e outro da oposição, fenômeno que atribuiu ao "espírito da
Quaresma". Logo em seguida, porém, Colbert Martins
(PMDB-BA) divergiu do combinado, o que levou Marcelo
Itagiba (PSDB-RJ) a brincar:
-Realmente, o espírito da Quaresma opera milagres.
Hoje o PT está mais perto do DEM que do PMDB!
com SILVIO NAVARRO e LETÍCIA SANDER
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