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CUT critica, e Força defende as propostas
DA REPORTAGEM LOCAL
CUT e Força Sindical tomaram
posições opostas ontem, durante
as manifestações do Dia do Trabalho, em relação às reformas
propostas pelo governo Lula.
O presidente da CUT (Central
Única dos Trabalhadores), João
Felício, afirmou que a entidade
discorda de três pontos da proposta de reforma previdenciária.
O primeiro ponto diz respeito à
taxação dos inativos. "O governo
deveria se preocupar em taxar as
aposentadorias altas", diz Felício.
Segundo Felício, a CUT não
aceita negociar a idade mínima
para aposentadoria. "O critério
do governo penaliza os trabalhadores que entraram mais cedo no
mercado de trabalho."
Felício disse que a CUT vai negociar a reforma previdenciária
no Congresso, fará passeatas e se
for preciso até mesmo greves.
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical,
defendeu as reformas propostas
pelo governo. Na reforma tributária, disse que é a favor da retirada
do desconto da Previdência da folha de pagamento. "Se o desconto
for feito sobre o faturamento, a informalidade vai diminuir."
Na reforma da Previdência, a
central defende que a contribuição para os servidores públicos
inativos seja feita para os que ganham acima de R$ 2.400 -e não
para os que recebem R$ 1.058. O
governo criou duas formas de tributação de inativos, que contemplam as duas faixas salariais.
Segundo Paulinho, se for necessário a central está preparada para
fazer uma onda de manifestações
e greves para impedir que as reformas retirem direitos dos trabalhadores. "Se for uma reforma para que o rico pague imposto, o governo terá o apoio da Força."
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