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São Paulo, sexta-feira, 02 de maio de 2003

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CUT critica, e Força defende as propostas

DA REPORTAGEM LOCAL

CUT e Força Sindical tomaram posições opostas ontem, durante as manifestações do Dia do Trabalho, em relação às reformas propostas pelo governo Lula.
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), João Felício, afirmou que a entidade discorda de três pontos da proposta de reforma previdenciária.
O primeiro ponto diz respeito à taxação dos inativos. "O governo deveria se preocupar em taxar as aposentadorias altas", diz Felício.
Segundo Felício, a CUT não aceita negociar a idade mínima para aposentadoria. "O critério do governo penaliza os trabalhadores que entraram mais cedo no mercado de trabalho."
Felício disse que a CUT vai negociar a reforma previdenciária no Congresso, fará passeatas e se for preciso até mesmo greves.
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, defendeu as reformas propostas pelo governo. Na reforma tributária, disse que é a favor da retirada do desconto da Previdência da folha de pagamento. "Se o desconto for feito sobre o faturamento, a informalidade vai diminuir."
Na reforma da Previdência, a central defende que a contribuição para os servidores públicos inativos seja feita para os que ganham acima de R$ 2.400 -e não para os que recebem R$ 1.058. O governo criou duas formas de tributação de inativos, que contemplam as duas faixas salariais.
Segundo Paulinho, se for necessário a central está preparada para fazer uma onda de manifestações e greves para impedir que as reformas retirem direitos dos trabalhadores. "Se for uma reforma para que o rico pague imposto, o governo terá o apoio da Força."



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