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Base articula emendas às reformas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DOS ENVIADOS ESPECIAIS A BRASÍLIA
Além de patrocinarem focos de
resistência a pontos centrais da
proposta de reforma tributária e
previdenciária, os partidos da base aliada ao governo já articulam a
apresentação de emendas aos textos entregues ao Congresso anteontem.
O deputado federal Nelson Pellegrino (BA), líder do PT na Câmara, confirma a ação e fala em
um " novo pacto" a ser construído
no Legislativo. "Vamos dar nossa
contribuição para aprimorar a reforma", disse ele.
Como primeiro fruto desta tese,
o senador Paulo Paim (PT-RS) se
reúne na quarta com outros petistas e com especialistas para elaborar as primeiras emendas.
A bancada de deputados tem
encontro marcado na terça para
analisar o texto das reformas.
Uma proposta que poderá ser encabeçada pela bancada é o aumento do piso para a contribuição dos atuais inativos (R$ 1.058).
"O próprio ministro José Dirceu
[Casa Civil" disse que o valor será
negociado com o Congresso",
afirmou o deputado Dr. Rosinha
(PT-PR), integrante das alas mais
à esquerda do partido.
"O governo vai defender suas
propostas junto com os governadores. Evidente que o Congresso é
um outro espaço de uma nova repactuação da reforma. Portanto,
tanto a sociedade vai ao Congresso discutir como o governo estará
presente na discussão", declarou
ontem, em São Paulo, Dirceu.
"O PT não tem como proibir
seus parlamentares de apresentarem emendas, só que o partido
não se responsabiliza por iniciativas individuais", afirmou o deputado Professor Luizinho (PT-SP),
um dos vice-líderes do governo.
Voto
Apesar de sinalizar favoravelmente às mudanças no texto original, Pellegrino afirma que a
bancada do PT atuará em conjunto e votará unida. "No Congresso
se inicia o terceiro pacto. O primeiro foi com o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o segundo, com os governadores, agora, é a vez do Parlamento. Não tenho dúvidas de que daremos nossa contribuição, mas
unidos e com o governo."
Além do PT, o PSB praticamente também definiu que apresentará emendas. O PC do B já apresentou ao governo uma proposta alternativa de reforma da Previdência. Nela, o partido defende a manutenção de um sistema diferenciado de Previdência para o funcionalismo e a manutenção da paridade para o reajuste de ativos e
inativos, entre outros pontos.
Na reforma tributária, tucanos e
pefelistas querem incluir a distribuição da arrecadação da CPMF
(Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira) entre
União, Estados e municípios.
Caso contrário, devem trabalhar contra a transformação do
imposto provisório em definitivo.
(RANIER BRAGON, FERNANDA KRAKOVICS E JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
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