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CUT dá apoio à reeleição; Força prevê derrota
DA REPORTAGEM LOCAL
A reeleição do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva foi o
tema que a CUT (Central Única
dos Trabalhadores) escolheu
para encerrar ontem a sua comemoração do 1º de Maio na
avenida Paulista.
Amigo de Lula e presidente
da CUT, Luiz Marinho lembrou à platéia que "no ano que
vem, tem eleição". "Precisamos
continuar com Lula presidente
da República", disse. Segundos
depois, uma queima de fogos
marcou o fim do ato político.
A Força Sindical, por sua vez,
previu a derrota do petista nas
urnas em 2006. "Fico triste porque o presidente Lula terá
grandes dificuldades de se reeleger e vai demorar outros 500
anos para um sindicalista chegar de novo ao poder", afirmou
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força. "Se
ele [Lula] estiver dormindo o
sono dos justos é melhor pensar direito. Ele pode estar dormindo tranqüilo por apenas
um ano e três meses. Daqui a
pouco vem a eleição e ele vai
perder", complementou.
Em entrevista coletiva na última sexta, Lula admitiu erros,
mas disse dormir, com a "cabeça tranqüila", "o sono dos justos todo santo dia."
Ministros e políticos do PT
que passaram pela festa da
CUT tiveram opiniões diversas
no a respeito da reeleição.
"Este ano não é ano de eleição. Temos que cuidar da infra-estrutura do país, garantir o
crescimento econômico e melhorar a eficiência e gerência do
governo", disse, no evento da
CUT em São Paulo, o ministro
da Casa Civil, José Dirceu.
O ministro continuou a adotar o discurso mesmo quando
questionado sobre a promessa
de Lula de levar luz elétrica a 12
milhões de lares até 2008. "São
planos do PPA [Plano Plurianual]. São planos de governo e
não desse ou daquele governo.
Todo governo é assim. Levar
luz, é um programa do Estado
brasileiro e não tem nada a ver
com reeleição", reiterou.
Já a ex-prefeita de São Paulo,
Marta Suplicy, apoiou abertamente: "É evidente que vou
querer a reeleição do Lula".
O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, fez coro: "Acho
que reeleição é possibilidade.
Digo que, se depender de mim,
ele já está reeleito", afirmou.
Os rumores de que Dirceu
também poderia entrar na disputa pelo governo paulista foram negados pelo próprio ministro. "Não serei candidato a
cargo majoritário em São Paulo. Por que seria? Já tem a Marta, o Mercadante e o João Paulo." O senador Eduardo Suplicy
não se convenceu. "Assim como estou harmonizando três
posso harmonizar quatro."
(CLAUDIA ROLLI, CÍNTIA CARDOSO e BRUNO LIMA)
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