São Paulo, sexta-feira, 02 de maio de 2008

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Alckmin nega atrito com Kassab e diz que "eleição é ato de amor"

Para ex-governador, mesmo que aliança entre PSDB e DEM não seja mantida agora, não estará inviabilizada nas eleições de 2010

Prefeito fez ontem novo apelo em prol da coligação e lembrou que a parceria já elegeu Fernando Henrique, Alckmin, Serra e ele próprio


Orlando Oliveira/Futura Press
Kassab e Edilson de Paula, presidente da CUT-SP, na festa de 1º de Maio da central em Interlagos

DA FOLHA ONLINE

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou ontem que tenha atritos com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Afirmou que uma aliança ainda é "possível" e que eleição é um "ato de amor".
Ele esteve em um evento de uma associação de bairro na zona leste da cidade, em comemoração ao Dia do Trabalho. "Eleição não é guerra. Eleição é um ato de amor às pessoas e à cidade. Não haverá nenhum problema, nenhum atrito", afirmou o tucano, em referência a sua relação com o democrata.
Kassab era vice-prefeito na chapa encabeçada por José Serra (PSDB), vitoriosa em 2004. Com a saída de Serra para a disputa pelo governo do Estado em 2006, o democrata assumiu a prefeitura. Neste ano, setores do PSDB defendem a manutenção da aliança e que o partido apóie a candidatura à reeleição de Kassab. Alckmin já declarou que será candidato e que atende a um apelo do partido, que defenderia a candidatura própria.
O ex-governador disse ontem que é possível uma aliança. "Temos até junho para fazê-la. No que depender de mim, sou um construtor de pontos e de diálogo." A interlocutores, o tucano não cogita, porém, a possibilidade de ceder a cabeça de chapa. Nem o democrata.
Alckmin considerou ainda que, se a aliança não for possível no primeiro turno, "com certeza haverá no segundo turno" e que a ida dos dois -ele e Kassab- para a disputa não inviabiliza entendimentos futuros entre os dois. Para 2010, ano de eleições presidenciais, a aliança pode se manter. "Inclusive porque somos oposição ao PT", destacou o ex-governador.
Também ontem, Kassab fez um novo apelo pela reconstituição da aliança, lembrando a parceria entre o DEM (ex-PFL) com Fernando Henrique Cardoso, nas eleições presidenciais de 1994 e 1998. Nos mandatos de FHC (1995-2002), o vice era o democrata Marco Maciel.
"O importante é que todos nós estejamos perseguindo a continuidade da aliança política que existe entre DEM e PSDB. Aliança fortalecida com a vinda do PMDB. Esse é o nosso esforço, de uma aliança que elegeu Fernando Henrique presidente, o próprio Alckmin governador, a mim e ao Serra na prefeitura e, depois, o Serra governador", afirmou Kassab, que participou de um evento em comemoração ao 1º de Maio organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) em Interlagos (zona sul).
"Os nossos esforços continuam neste sentido [de manter a aliança]. É evidente que o partido tem os seus projetos e tem o nosso respeito", disse.
Quanto a uma coligação com o PR, Kassab destacou a relação "cooperativa na prefeitura". "É natural que possa ocorrer uma aliança do DEM e dos partidos que compõem a nossa aliança."


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