|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Alckmin nega atrito com Kassab e diz que "eleição é ato de amor"
Para ex-governador, mesmo que aliança entre PSDB e DEM não seja mantida agora, não estará inviabilizada nas eleições de 2010
Prefeito fez ontem novo apelo em prol da coligação e lembrou que a parceria já elegeu Fernando Henrique, Alckmin, Serra e ele próprio
Orlando Oliveira/Futura Press
|
|
Kassab e Edilson de Paula, presidente da CUT-SP, na festa de 1º de Maio da central em Interlagos
DA FOLHA ONLINE
O ex-governador Geraldo
Alckmin (PSDB) negou ontem
que tenha atritos com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Afirmou que uma
aliança ainda é "possível" e que
eleição é um "ato de amor".
Ele esteve em um evento de
uma associação de bairro na zona leste da cidade, em comemoração ao Dia do Trabalho. "Eleição não é guerra. Eleição é um
ato de amor às pessoas e à cidade. Não haverá nenhum problema, nenhum atrito", afirmou o tucano, em referência a
sua relação com o democrata.
Kassab era vice-prefeito na
chapa encabeçada por José
Serra (PSDB), vitoriosa em
2004. Com a saída de Serra para a disputa pelo governo do Estado em 2006, o democrata assumiu a prefeitura. Neste ano,
setores do PSDB defendem a
manutenção da aliança e que o
partido apóie a candidatura à
reeleição de Kassab. Alckmin já
declarou que será candidato e
que atende a um apelo do partido, que defenderia a candidatura própria.
O ex-governador disse ontem que é possível uma aliança.
"Temos até junho para fazê-la.
No que depender de mim, sou
um construtor de pontos e de
diálogo." A interlocutores, o tucano não cogita, porém, a possibilidade de ceder a cabeça de
chapa. Nem o democrata.
Alckmin considerou ainda
que, se a aliança não for possível no primeiro turno, "com
certeza haverá no segundo turno" e que a ida dos dois -ele e
Kassab- para a disputa não inviabiliza entendimentos futuros entre os dois. Para 2010,
ano de eleições presidenciais, a
aliança pode se manter. "Inclusive porque somos oposição ao
PT", destacou o ex-governador.
Também ontem, Kassab fez
um novo apelo pela reconstituição da aliança, lembrando a
parceria entre o DEM (ex-PFL)
com Fernando Henrique Cardoso, nas eleições presidenciais
de 1994 e 1998. Nos mandatos
de FHC (1995-2002), o vice era
o democrata Marco Maciel.
"O importante é que todos
nós estejamos perseguindo a
continuidade da aliança política que existe entre DEM e
PSDB. Aliança fortalecida com
a vinda do PMDB. Esse é o nosso esforço, de uma aliança que
elegeu Fernando Henrique
presidente, o próprio Alckmin
governador, a mim e ao Serra
na prefeitura e, depois, o Serra
governador", afirmou Kassab,
que participou de um evento
em comemoração ao 1º de Maio
organizado pela CUT (Central
Única dos Trabalhadores) em
Interlagos (zona sul).
"Os nossos esforços continuam neste sentido [de manter
a aliança]. É evidente que o partido tem os seus projetos e tem
o nosso respeito", disse.
Quanto a uma coligação com
o PR, Kassab destacou a relação
"cooperativa na prefeitura". "É
natural que possa ocorrer uma
aliança do DEM e dos partidos
que compõem a nossa aliança."
Texto Anterior: Câmara precisa autorizar ação da PF, diz Chinaglia Próximo Texto: Frases Índice
|