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outro lado
Estatal nega superfaturamento das obras
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Petrobras negou que tenha
havido qualquer irregularidade
ou superfaturamento nas cinco
obras analisadas pelos peritos
da Polícia Federal. A estatal
afirmou que a diferença nos valores se dá por divergência entre os parâmetros técnicos usados pelo Tribunal de Contas da
União e a PF e os adotados pelo
corpo de engenheiros da companhia petrolífera.
A Petrobras destacou também que, em relação à Unidade
de Tratamento de Gás de Caraguatatuba, o TCU já atestou
que não houve sobrepreço.
A estatal concentrou sua resposta nos critérios de medição
empregados pelo TCU. Informou que o tribunal utiliza o Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da
Construção Civil) e o Sicro (Sistema de Custos Rodoviários). O
primeiro é adotado em obras de
saneamento e habitação. O segundo é usado pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes)
na construção de estradas.
"A Petrobras considera que
esses critérios não se aplicam a
obras como uma refinaria de
petróleo, mais complexa e com
especificidades próprias."
Em relação às subcontratações feitas pelos consórcios
vencedores, a Petrobras informou que, no caso da Repar, "todos os trâmites legais e previstos em contrato estão sendo seguidos". Sobre Caraguatatuba,
a empresa não se manifestou.
A respeito da elaboração de
projeto básico pela CNEC, a assessoria da empresa informou
que não houve desrespeito à legislação. "O projeto básico não
contém informações orçamentárias, apenas técnicas, que são
disponibilizadas para o mercado na íntegra no edital de licitação", disse a Petrobras.
Por meio de sua assessoria, a
GDK informou que não participou da segunda licitação de Caraguatatuba porque a Petrobras mudou o escopo da obra,
incluindo novos "condicionantes técnicos".
A construtora ressaltou que
não integrou o consórcio vencedor da concorrência, mas que
apenas prestou serviços e alugou equipamentos para as demais empreiteiras.
A Camargo Corrêa informou
que não iria se manifestar sobre o assunto, alegando respeito à decisão do Superior Tribunal de Justiça, que determinou
a suspensão das investigações
policiais sobre a empresa.
A assessoria da Queiroz Galvão não localizou na sexta-feira
nenhum diretor da empresa
para comentar o assunto.
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