DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O ex-ministro Patrus Ananias, 58, afirma que a campanha de Dilma Rousseff é a prioridade, mas, como não é algo "abstrato", precisa da mediação dos petistas de Minas. Ele diz também desconhecer a insatisfação do presidente Lula com o PT mineiro.

 

FOLHA - Por que não houve acordo com o ex-prefeito Fernando Pimentel, e o PT-MG vai para as prévias?
PATRUS ANANIAS - O acordo está se dando através das prévias. Elas constituem o caminho do acordo, fazem parte da tradição democrática do PT, estão previstas no estatuto do partido. Nossos filiados estão sendo os fiadores desse grande acordo.

FOLHA - Com a disputa, o PT não põe em segundo plano a candidatura de Dilma, o que é motivo de insatisfação do presidente Lula?
PATRUS - Não. Não tenho conhecimento da insatisfação do presidente. A nossa grande prioridade é a eleição da Dilma. Claro que para nós a prioridade é o projeto nacional. Só que entendemos que ele não se dá no abstrato, passa por mediações regionais, dos Estados, e, sobretudo, um Estado que faz parte da construção do Brasil como Minas, fiador da soberania e da integridade do nosso país e do nosso projeto.

FOLHA - É imprevisível o desfecho disso ou é possível garantir a pacificação dos dois grupos após a prévia?
PATRUS - Estamos inteiramente pacificados. As minhas relações com o Fernando [Pimentel] estão rigorosamente preservadas. Se ele vencer, manifestarei a minha solidariedade e a dos nossos apoiadores.


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