São Paulo, quarta-feira, 02 de junho de 2004

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PAINEL

Cabide de viagem 1
Colisão à vista entre o Itamaraty e a Embratur, que decidiu nomear, nas principais capitais européias e nos Estados Unidos, "adidos de turismo" com atuação independente das embaixadas. Oito já foram designados.

Cabide de viagem 2
A novidade incomodou particularmente a representação brasileira em Londres. Um despacho da embaixada ao Itamaraty fala em "duplicação de custos".

Adido companheiro
Além da duplicação de custos, o Itamaraty desconfia que os "adidos" são uma criação para empregar "companheiros". Para Roma foi indicado o petista Geraldo Peccin, que trabalhou no governo Olívio Dutra (RS).

Outro lado
Marcelo Sereno, secretário de Comunicação do PT, diz que Delúbio Soares, tesoureiro nacional da sigla, não recomendou para a pasta das Finanças de Recife, após a eleição de 2000, Reginaldo Muniz Barreto, ora investigado na Operação Vampiro.

Homem de números
Assim como Delúbio, Barreto construiu seu currículo no movimento sindical. Até assumir o caixa da prefeitura de Recife, coordenou, em São Paulo, o Dieese, instituto ligado às principais centrais de trabalhadores.

Missão esportiva
Não deu para enviar estrelas da seleção, como queria o premiê do Haiti, mas as tropas brasileiras levarão ao país 840 bolas. Fabricadas em programa de ressocialização de detentos em Brasília, serão usadas em ações sociais com a população haitiana.

Em termos
Com o destaque dado à intenção governamental de tratar de fumantes no SUS, não custa lembrar que uma das primeiras medidas provisórias da gestão Lula cuidou de prorrogar a vigência da propaganda de cigarro em corridas de F-1 no Brasil.

Palanque nas férias
A oposição tucano-pefelista se articula para manter o Congresso na ativa em julho. Quer obstruir a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Enquanto ela não for votada, não há recesso.

Sem chance
Apesar das declarações tranqüilizadoras dos petistas João Paulo Cunha e Virgílio Guimarães, Lula duvida que a oposição vote a favor dos R$ 260 mesmo se o Planalto se comprometer a dar novo aumento ao salário mínimo em novembro.

Nome ilustre
Mãe de uma menina, Lurian, filha de Lula, espera agora um menino. Como o avô presidente, ele se chamará Luiz Inácio.

Quatro à mesa
No domingo, reúnem-se em São Paulo os pefelistas Jorge Bornhausen, Gilberto Kassab, Cláudio Lembo e José Pinotti. Em pauta, uma saída para a pré-candidatura deste último e a definição do vice de José Serra.

Sem paletó
Afastado desde ontem da Secretaria de Esportes do governo paulista, Lars Grael (PFL) assistirá hoje com o tucano Aécio Neves ao jogo da seleção brasileira em Belo Horizonte.

Calendário
No dia 15, a convenção do PTB decidirá se o candidato em São Paulo será Luiz Antônio Fleury ou Arnaldo Faria de Sá.

Carreira solo
O diretor administrativo da Itaipu Binacional, Rubens Bueno, entregou o cargo a José Dirceu (Casa Civil). Vai coordenar a campanha do PPS em 4 mil municípios. Ele próprio pretende candidatar-se em Curitiba, apesar da pressão contrária do PT.

Voto de risco
O TRE de Alagoas enviou ao Exército e à Polícia Federal uma relação de dez cidades onde enxerga risco de violência nas eleições de outubro. Entre elas está Canapi, terra de Rosane Collor.

TIROTEIO

Do deputado Roberto Jefferson (RJ), presidente nacional do PTB, sobre o tratamento dispensado pelo governo Lula a seus aliados no Congresso:
-O problema do PT é não saber dizer "muito obrigado".

CONTRAPONTO

Trote VIP

Quando não convida um político para um café ou uma pizza no Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin costuma utilizar as noites de domingo para telefonar a prefeitos, tucanos ou não, do interior do Estado.
É uma forma que o governador paulista encontrou para responder a ligações pendentes da semana encerrada. As conversas tratam de temas como alianças locais, pedidos de verba e convites para inaugurações.
Em um domingo recente, Alckmin telefonou diretamente para o administrador de uma pequena cidade:
-Prefeito, boa noite, aqui fala o governador. Como vai?
-Quem?-, perguntou em tom incrédulo o homem do outro lado da linha.
-Geraldo Alckmin-, explicitou o tucano.
-Se aí é o governador, aqui é o George Bush!-, respondeu o prefeito. E desligou em seguida.


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