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Painel
Renata Lo Prete
@ - painel@uol.com.br
Bem na foto
Apesar do endosso explícito de Hugo Chávez à nacionalização do gás, amplamente aprovada pelos bolivianos, a imagem de Lula no país vizinho é ainda melhor que a do colega venezuelano, segundo pesquisa
do instituto Ipsos Opinion em parceria com a consultoria de risco Eurasia Group. Na Bolívia, 55% têm opinião positiva ou muito positiva sobre Lula. Apenas
17% manifestam opinião negativa ou muito negativa.
Os resultados de Chávez: 50% (positiva ou muito positiva) e 32% (negativa ou muito negativa).
Também no Peru, onde haverá 2º turno presidencial domingo, Lula está bem (48% de avaliação positiva ou muito positiva). Ali a desaprovação a Chávez é
elevada: 69% de opinião negativa ou muito negativa.
Fast food. Ciro Gomes chegou ao jantar da cúpula do
PSB, anteontem, dizendo que
gostaria de ser vice de Lula,
mas ouviu que o melhor para
a sigla é ele ajudar a cumprir a
cláusula de barreira disputando vaga de deputado. O ex-ministro deixou o encontro em
menos de meia hora.
Outro dia. Já refeito, Ciro
dizia ontem, no café da manhã, que será mesmo candidato a deputado e repetia o
prognóstico de que pode ter
300 mil votos. Previu um
crescimento de Geraldo Alckmin até a casa dos 30% antes
do início oficial da campanha.
Coletivo. Antes de fecharem a carta conjunta com propostas para o segundo mandato de Lula, PT, PC do B e
PSB farão seus próprios textos. "Cada um vai escrever em
seu próprio dialeto", brinca
um dos dirigentes.
Na mesma. Depois de
quatro horas fechados numa
sala, os dirigentes dos três
partidos governistas não conseguiram resolver nenhuma
de suas pendências estaduais.
Chegaram à conclusão de que
precisam conversar na semana que vem de novo.
Estrangeiro. O PT vai convidar Renan Calheiros
(PMDB-AL) para sua convenção nacional, dia 24. Ricardo
Berzoini, presidente da sigla,
é o encarregado de garantir a
presença do presidente do Senado, amuado com a corte de
Lula a Orestes Quércia.
Mais confusão. A reunião
Lula-Quércia contrariou não
apenas Renan e José Sarney,
que querem a exclusividade
na interlocução com o presidente. Governadores do
PMDB que toparam se aliar
ao bloco anticandidatura própria reiteraram que não aceitam ressuscitar a idéia de
aliança formal com o PT.
Quem te viu. Saindo ou
não aliança, o encontro no
Planalto foi um pedágio que
Lula teve de pagar a Orestes
Quércia, um peemedebista
que o presidente nem mesmo
convidou para sua posse.
Russo. Do presidente do
PSDB paulistano, Tião Farias,
sobre o fato de seu partido ter
oferecido a vaga ao Senado
para Orestes Quércia na chapa de José Serra a fim de evitar acerto do peemedebista
com o PT: "O problema não é
ter uma aliança com o PMDB,
mas sim votar no Quércia."
W.O. Lu Alckmin estava em
Brasília, mas não apareceu na
oficialização da aliança
PSDB-PFL em torno de Geraldo. A ex-primeira dama
paulista tem evitado holofotes desde a polêmica a respeito de seus vestidos. Socorro,
mulher de José Jorge, foi.
Pacote completo. Nas
conversas com a cúpula tucana, Roberto Freire deixou claro que, além do apoio em alguns Estados, o PPS vai querer opinar no programa de governo de Alckmin, principalmente no capítulo referente à
política econômica.
Arquibancada. Talvez para compensar o fato de ter
marcado sessão deliberativa
para a manhã do dia da estréia
do Brasil na Copa, Aldo Rebelo (PC do B-SP) autorizou a
colocação de telões na Câmara para transmitir os jogos durante toda a competição.
Tiroteio
Tem mesmo muita tortura para mostrar: levar
aquele tanto de dólar na cueca é tortura. Ganhar
Land Rover e correr o risco de se acidentar no
trânsito é tortura. Repetir mentiras e discursos
ensaiados por advogados é tortura.
Do senador HERÁCLITO FORTES (PFL-PI), sobre o presidente Lula, que
desafiou opositores a mostrar na TV as "torturas" feitas nas CPIs.
Contraponto
De longa data
Em 2000, o então líder do governo na Assembléia, Milton Flávio (PSDB), participava de uma feira gastronômica
em São Paulo e se surpreendeu ao ouvir o discurso do organizador do evento, que tentava demonstrar intimidade:
-Está aqui um grande amigo, deputado Milton Monte.
Caio de Carvalho, que à época dirigia a Embratur, estava ao lado e tentou corrigir o orador, cochichando:
-É Flávio! É Flávio!
Mais do que depressa, o homem arrumou a frase:
-Ah, sim, desculpem-me. Na verdade, quem está aqui é
outro grande amigo meu, Flávio Monte.
A salada de nomes provocou gargalhada geral.
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