São Paulo, sexta-feira, 02 de junho de 2006

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Freire desiste, e PPS decidirá em convenção se apoiará Alckmin

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pressionado pelos diretórios estaduais e pelo governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, o presidente do PPS, Roberto Freire (PE), oficializou a retirada de sua candidatura ao Palácio do Planalto e recomendou que o partido apóie a chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa presidencial.
A desistência de Freire foi decidida na semana passada, mas o partido preferiu fazer o anúncio somente depois da formalização da aliança PSDB-PFL, feita anteontem.
Caberá agora à convenção nacional do PPS, agendada para o dia 16, no Rio, deliberar se o apoio à candidatura Alckmin será informal ou se a sigla aceitará uma coligação.
Em nota, Freire lamentou "ter se empenhado, sem sucesso, na viabilização de uma aliança alternativa com forças de esquerda" e creditou o recuo à regra da verticalização -que impede alianças estaduais entre partidos adversários na eleição à Presidência- e à cláusula de barreira -exigência de cota mínima de votos aos partidos para terem acesso ao Fundo Partidário e à propaganda no rádio e na televisão.

Aliança com Alckmin
O apoio formal ao PSDB ainda é considerado difícil entre os integrantes da coordenação da campanha de Alckmin. Para fechar acordo, o PPS exigiu apoio de tucanos e pefelistas a seus candidatos em cinco Estados: Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia, Acre e Paraná. O PFL aceita, mas o PSDB, não.
No Rio, os tucanos lançaram o nome do deputado Eduardo Paes, e o PPS, o da deputada Denise Frossard. O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), vai apoiar Frossard e já retirou seu candidato, Eider Dantas.
Outro problema é Rondônia, já que o candidato à reeleição, Ivo Cassol (PPS), se desfiliou do PSDB para não enfrentar processo de expulsão em 2005.
Alckmin comemorou ontem a decisão do novo aliado. "O PPS tem coerência histórica, compromisso e fez oposição ao governo do PT. É um partido de bons quadros, aumenta nossa responsabilidade e confiança."
SILVIO NAVARRO)


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