SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Na tentativa de impedir a ação do TCE (Tribunal de Contas do Estado), o fundo de pensão Prece, investigado por desvio de dinheiro para fins políticos, pediu ao Tribunal de Justiça do Rio a suspensão das apurações.
No mandado de segurança, impetrado na segunda-feira no Órgão Especial do TJ, o Prece pede que o TCE deixe de exigir a "apresentação de todo e qualquer documento". Quer que a Justiça proíba o ingresso de profissionais do TCE em sua sede. O Prece é o fundo dos servidores da Cedae, empresa de saneamento do governo do Estado.
O TCE tem indícios de que R$ 300 milhões teriam sido desviados do fundo desde janeiro de 2003.
O Prece não cumpriu o prazo de 72 horas determinado pelo TCE para entregar os papéis e argumenta que por "não gerir quaisquer bens ou valores de natureza pública", não está sujeito ao TCE. O TCE diz que, como há aporte de capital da Cedae, a investigação é legal.
A Folha tentou ouvir a diretoria do Prece. Nenhum diretor quis se manifestar.


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