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No Rio, candidatos atacam o governo Lula
PLÍNIO FRAGA
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
Mesmo com quatro dos cinco
debatedores integrando a base
aliada, a gestão Lula foi ontem tão
atacada quanto a do prefeito Cesar Maia (PFL), no primeiro confronto entre os principais postulantes à Prefeitura do Rio.
Em 90 minutos de debate, transmitido pela TV Globo, Maia, Marcelo Crivella (PL), Luiz Paulo
Conde (PMDB), Jorge Bittar (PT)
e Jandira Feghali (PC do B) trocaram críticas em tom moderado.
Maia, ao citar o fim do "monopólio da causa social" por parte
do PT, comparou o mínimo de R$
260 com o piso dos servidores
municipais (R$ 430) e disse que
Lula criou a cobrança da contribuição de 11% sobre os inativos:
"Aqui, reforma previdenciária
não entra. Aqui, servidor público
não é despesa, é investimento".
O senador Crivella, do PL do vice José Alencar, distanciou-se do
governo. "Não apoiei a taxação
dos inativos. Votei a reforma da
Previdência porque tínhamos de
acabar com os marajás."
Bittar lembrou que Feghali, cujo
partido detém dois ministérios,
era deputada da base de Lula.
"Sou da base do governo, mas tenho que explicitar minha divergência em relação à política econômica, que aprofunda a ortodoxia do governo anterior e gasta
três vezes mais com juros do que
com a área social", retrucou ela.
Embora tenha sido escolhido
candidato por Anthony Garotinho, opositor de Lula, Conde
poupou o governo. Bittar defendeu Lula: "Nossa política econômica está finalmente dando certo.
A economia voltou a crescer".
A administração de Maia foi
atacada, especialmente nas áreas
de saúde e transportes, mas sem
agressividade ou insultos. "Fiquei
favoravelmente surpreendido pelas perguntas", disse Maia, que
pediu dez segundos de silêncio
em homenagem a Leonel Brizola,
que morreu em 21 de junho.
O Pan-Americano de 2007 também foi abordado. "Vou transformar o Pan numa festa do Brasil",
prometeu Conde. Após o debate,
Crivella disse que não explorará o
fato de ser pastor evangélico.
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