|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ANTES DO RECESSO
Parlamentares devem votar propostas importantes até o dia 8
Congresso quer "mutirão" de votações
FERNANDA KRAKOVICS
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Câmara e o Senado farão um
"mutirão" na semana que vem
para tentar votar projetos importantes para o governo antes do recesso parlamentar. A LDO (Lei de
Diretrizes Orçamentárias) também deve ser apreciada, encerrando os trabalhos do semestre.
Na pauta do Senado estão a reforma do Judiciário, a Lei de Falências, a de Biossegurança e a de
Informática.
"Onde temos mais dificuldade é
na PPP [Parceria Público-Privada]. Não temos acordo de mérito
ainda e, se não tivermos uma reunião prévia com o ministro [Guido Mantega, do Planejamento],
não teremos condições de votar",
disse o líder do governo, senador
Aloizio Mercadante (PT-SP).
A Câmara tem cinco medidas
provisórias trancando a pauta.
Além disso, os deputados querem
votar os projetos de incentivo à
construção civil, de inovação tecnológica, de criação da Agência
Brasileira de Desenvolvimento
Industrial e o que estabelece as
novas regras para as agências reguladoras.
De acordo com a Constituição,
o Congresso não pode entrar em
recesso antes da votação da LDO,
que tem que ser apreciada até o
dia 30 de junho. Do contrário, o
trabalho parlamentar continua
sem o pagamento de extras.
Chegou a ser cogitada a prorrogação dos trabalhos até 15 de julho, mas Mercadante disse que as
votações vão até o fim da semana
que vem e que será feito um "esforço concentrado" em agosto,
quando tradicionalmente, em
ano eleitoral, o Congresso fica vazio. O presidente da Câmara, João
Paulo Cunha (PT-SP), levará a
mesma proposta para os líderes.
"Parece que está se configurando uma proposta mais bem apurada de votarmos até o dia 8 e retornarmos durante uma semana,
em agosto", afirmou o deputado
Professor Luizinho (PT-SP), líder
do governo na Câmara.
O ministro Aldo Rebelo (Coordenação Política) se encontra na
segunda-feira com os líderes do
Senado e na terça com os líderes
das duas Casas. "As reuniões são
para estabelecer um acordo de
procedimentos para as votações e
planejar um esforço concentrado
em agosto", disse Mercadante.
A votação da LDO no Congresso vai revelar mais uma vez a queda-de-braço em torno da liberação de verbas para as emendas
que os parlamentares fazem ao
Orçamento.
O PSDB e o PFL prometem tentar barrar a votação como forma
de pressionar o governo a aumentar o percentual de atendimento
de suas emendas.
Texto Anterior: Forças armadas: Planejamento oferece 5% a militares e trava acordo Próximo Texto: Sombra no Planalto: Cachoeira pede indenização de R$ 22,8 mi por rescisão de contrato Índice
|