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Em SP, petistas querem investigar tucano
Mauro Bragato, do PSDB, acusado de receber propina de construtora da CDHU, nega irregularidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Como forma de pressão pela
instalação de uma CPI da Habitação no Estado, o PT deve encaminhar esta semana uma representação ao Conselho de Ética da Assembléia Legislativa, comandado pelo partido,
para que o órgão investigue o
deputado Mauro Bragato, líder
do PSDB, acusado de envolvimento no esquema de fraudes
em licitações da CDHU (Companha de Desenvolvimento
Habitacional e Urbano).
"Se a Casa não abrir uma CPI,
nós vamos jogar peso no Conselho de Ética", diz Simão Pedro, líder do PT. Os petistas
têm protocolado um pedido de
investigação do caso, mas a base do governo José Serra
(PSDB) na Assembléia trabalha
contra sua instalação.
De acordo com investigações
comandadas pelo Ministério
Público e pela Polícia Civil,
Bragato, ex-secretário de Habitação na gestão de Geraldo
Alckmin (PSDB), é suspeito de
ter recebido propina da construtora FT, que está no epicentro do escândalo da "máfia da
CDHU" (veja quadro).
Em depoimento à polícia,
Edson Menezes, ex-mestre-de-obras da FT, afirmou que levava envelopes com dinheiro (R$
1,5 mil a R$ 4 mil) ao escritório
do então secretário em Presidente Prudente (SP), base eleitoral de Bragato.
Bragato nega e atribui a acusação a disputa regionais. "É
uma malandragem desse cidadão, que era funcionário da empresa e se apresentava como
presidente de uma associação
de mutuários", disse. O deputado afirma não temer as investigações. "Eu tenho muito interesse em esclarecer tudo isso."
CPI
Nesta semana, a presidência
da Assembléia deverá definir,
conforme decisão da Justiça,
quais CPIs serão instaladas entre as protocoladas, já que somente cinco podem funcionar.
"Nosso alvo não é o deputado
[Bragato]. O problema é que
não há controle sobre a CDHU,
que é uma caixa-preta de escândalos dos tucanos", disse
Mário Reali (PT), um dos autores do requerimento da CPI.
Simão Pedro também pede
cautela sobre as acusações a
Bragato, mas lembra que o
Conselho de Ética da Assembléia, comandado pelo petista
Hamilton Pereira, existe para
investigar. "Vamos discutir o
assunto nesta semana."
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